É um projeto a criar de raiz e que se inspira na experiência de algumas faculdades: a Universidade do Porto (UP) quer saber onde andam as pessoas que nela se formaram, congregá-las numa rede de contactos e proporcionar-lhes uma casa a que possam voltar. Chama-se Projeto Alumni, termo do latim que é usado para designar antigos alunos, e terá sede física no Palacete Primo Madeira, na Rua do Campo Alegre.
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Localizado perto de um dos polos universitários e também de outros edifícios que fazem parte do património imobiliário da UP, o palacete que alberga o Clube Universitário do Porto já não está, desde finais de novembro, concessionado a uma empresa de restauração e organização de eventos sociais. Vai ser "uma casa, em primeiro lugar, para servir os antigos alunos", disse ao JN António Sousa Pereira, reitor da UP.
O Projeto Alumni nasce um pouco da experiência que a Faculdade de Economia e a Faculdade de Engenharia têm na relação com antigos estudantes e, também, porque os alumni são de "importância vital" para a UP, segundo o reitor. Em causa está um universo de pelo menos 118 mil pessoas (as registadas na base de dados da Universidade), a juntar ainda a antigos professores e funcionários.
O primeiro passo será ligar os alumni através de uma plataforma digital especializada que permite fazer a segmentação dos inscritos em função de diversos critérios, como preferências, afinidades e demografia. A partir daí, há todo um universo que se abre.
Segundo Bárbara Costa, diretora do Clube Universitário do Porto e uma das pessoas envolvidas no projeto, um dos objetivos será "celebrar as conquistas dos antigos estudantes". Outro exemplo será dado pelas iniciativas de mentoria, em que os mais velhos orientem os mais novos, por exemplo, em relação às saídas profissionais.
Mas os alumni, mesmo estando no auge das suas carreiras, também podem encontrar nesta plataforma outros interesses. "Vamos criar serviços alinhados com as suas necessidades", acrescenta a responsável.
O projeto terá ligação a áreas já existentes na UP, como o voluntariado ou o serviço Talento e Carreira. Uma das primeiras ações a desenvolver no ano que agora começa é a celebração de aniversários de formatura e de aniversários da criação de cursos.
Outra ideia é que os antigos alunos voltem ao meio universitário quando precisarem de organizar eventos, como ações de formação, palestras ou simples convívios. O palacete tem muitas salas à disposição e os preços a cobrar aos alumni pela utilização serão "absolutamente simbólicos", garante o reitor.
O edifício continua aberto para eventos em geral e o restaurante está, de momento, a ser gerido pelos Serviços de Ação Social.