Câmara propôs aos jovens que durante um dia apresentem ideias para as 48 mil habitações que estão devolutas na capital.
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Jovens universitários vão ajudar a Câmara de Lisboa a encontrar soluções para as 48 mil casas vazias da cidade. A Autarquia e a Startup Lisboa, incubadora de empresas na área da tecnologia, desafiou os estudantes a apresentarem, durante um dia, "ideias tecnológicas, inovadoras e sustentáveis" que "deem nova vida" a estas habitações desocupadas. Quem quiser participar pode candidatar-se através do site da iniciativa (www.hackathome.pt) até à próxima terça-feira, 24 de maio, com um grupo de três a cinco estudantes.
As 15 equipas selecionadas, nas áreas da tecnologia, gestão, arquitetura e engenharia, vão ter 24 horas para criarem uma solução que ajude a simplificar a obtenção de informação sobre casas devolutas para quem as queira comprar ou arrendar, ajudando a combater a burocracia. A sua missão será ainda "pensar em soluções digitais sustentáveis que possam ser implementadas na cidade para ajustar a oferta e a procura de habitação", avança a Câmara de Lisboa em comunicado.
A Autarquia lembra ainda que "é urgente apelar ao conhecimento e dinamismo do ecossistema empreendedor para definir políticas públicas apoiadas na cocriação com os cidadãos".
Júri avalia
As ideias serão apresentadas no último fim de semana deste mês, no Hub Criativo do Beato, em Lisboa, a um júri, composto por elementos da autarquia, da Startup Lisboa, parceiros e convidados. A equipa vencedora leva para casa um prémio no valor de 7000 euros. Quem ficar no segundo ou terceiro lugar receberá 2000 e 1000 euros, respetivamente.
Na apresentação pública da iniciativa, a vereadora da Habitação, Filipa Roseta, explicou que "a colocação à disposição dos munícipes destas casas é uma missão urgente que precisa de respostas rápidas e à altura da era tecnológica que vivemos". "Envolver os jovens neste desafio tem como objetivo fazer com que esta geração participe na tomada de decisão, ao mesmo tempo que beneficiamos da sua capacidade de inovar tecnologicamente", acrescentou.