Um protesto na Guarda, à porta da Cimeira Ibérica, juntou ambientalistas, sindicalistas e utentes das autoestradas do interior.
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Palavras de ordem contra a abolição de portagens na A 23 (Castelo Branco-Torres Novas) e A 25 (Aveiro-Vilar Formoso), pedidos de encerramento da Central Nuclear de Almaraz e a luta contra a precariedade das condições de trabalho marcaram o protesto que se ouviu, este sábado de manhã, a poucos metros do local onde se realiza a Cimeira Ibérica, na Guarda.
A comitiva espanhola, liderada pelo presidente do Governo, Pedro Sánchez, chegou quase hora e meia mais tarde do que o previsto, devido às dificuldades causadas pelo nevoeiro para a aterragem do helicóptero que trouxe o chefe do Executivo espanhol.
Os protestantes, sob o nevoeiro que só levantou pelas 10 horas da manhã na cidade mais alta de Portugal, não demoveram. Impedidos de se aproximarem do primeiro momento da cimeira, depois dos cumprimentos e da habitual foto de família, gritavam "Portagens não". O protesto só foi interrompido quando se ouviram os hinos de Portugal e Espanha.
Recorde-se que a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, clarificou ontem que o pacote de redução de portagens para os veículos ligeiros nas ex-Scut (entre as quais a A 23 e A 25) será aprovado no âmbito do Orçamento de Estado que deu entrada na Assembleia da República para entrar em vigor em 2021.
Essa redução esteve prevista para o início deste ano, foi adiado devido à pandemia para o terceiro trimestre. Os protestantes dizem estar "fartos de promessas".
O protesto juntou, ainda, ambientalistas, que se manifestam contra a central nuclear de Almaraz, em Espanha, que dizem não ter condições de segurança para estar ainda a funcionar e que já deveria ter encerrado há vários anos.