Valentim Loureiro deverá seguir o exemplo de autarcas como Marco António Costa e não devolverá o dinheiro que auferiu enquanto administrador da Metro do Porto. "Farei o mesmo que aqueles que ainda lá estão", revelou, ontem, à margem da inauguração da "Ourindústria 2010".
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O presidente da Câmara de Gondomar, que lidera o Conselho Geral da Metro, já não admite ter a mesma atitude de Rui Rio, que se demitiu da presidência do Conselho de Administração da empresa. "Não", disse, peremptório, quando questionado sobre a possibilidade de seguir o exemplo do autarca do Porto.
"O Conselho de Administração está a tratar desse problema", acrescentou Valentim Loureiro, confirmando que já foi notificado para a devolução dos vencimentos auferidos entre 1 de Janeiro de 2007 e Abril de 2008, quando passou para a presidência do Conselho Geral. "Fui presidente do Conselho de Administração ganhando menos de uma sexta parte do que os executivos", apontou, revelando que recebia mil euros e Oliveira Marques (presidente da Comissão Executiva) 10 mil euros. "As pessoas têm que ser remuneradas não apenas pelo trabalho que fazem mas pela responsabilidade que assumem", argumentou ainda, garantindo que "não houve um documento" que não tivesse a sua assinatura. Daí que, Valentim conclua: "É evidente que acho imoral (a devolução dos vencimentos)".