A greve geral encerrou repartições de Finanças e os maiores agrupamentos de escolas do distrito de Castelo Branco e afectou também várias fábricas.
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Luís Garra, coordenador distrital da União de Sindicatos de Castelo Branco, afecta à CGTP-IN, destacou "boas adesões" registadas no sector industrial.
Segundo este dirigente, a têxtil FIPER, no Teixoso, Covilhã, está paralisada e há adesões superiores a 70% nas principais empregadoras do sector na região, como a Paulo de Oliveira, na Covilhã, ou Carveste, em Caria, Belmonte.
Luís Garra frisou ainda o facto de pela primeira vez ter havido trabalhadores da fábrica de componentes para automóveis Delphi a aderirem à greve em Castelo Branco, embora com uma taxa de 11%. Nas Minas da Panasqueira, a adesão ronda os 60%.
Segundo Luís Garra, "os números desmentem a ideia de que esta seja sobretudo uma greve da função pública", apesar de ser no sector público que se registam os principais efeitos.
Os maiores agrupamentos de escolas do distrito estão encerrados e nas autarquias a CGTP-IN regista as maiores adesões na Covilhã, Fundão, Sertã, Penamacor e no sector operário da Covilhã.
De acordo com Rogério Bentes, dirigente da UGT no distrito, apesar de não haver nenhuma Câmara Municipal de portas fechadas, "nas áreas técnicas a adesão ronda os 70% a 80% e nos serviços administrativos metade dos trabalhadores" estão parados.
"Há repartições de Finanças fechadas, os maiores agrupamentos de escolas estão encerrados e a principal estação de correios de Castelo Branco também está fechada", sublinhou.