Com o concurso para a ponte da segunda linha de Gaia suspenso há cerca de meio ano, o risco de a Metro do Porto perder o financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é cada vez maior e essa continua a ser "uma preocupação", afirma fonte da empresa.
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A verba necessária para a linha é de 299 milhões de euros, dos quais 50 milhões destinam-se à construção da nova travessia. O desenvolvimento desse projeto pelo consórcio luso-espanhol Ayesa e Quadrante está "acelerado", mas sendo a ponte uma parte do traçado, a linha não poderá avançar sem a travessia.
Em causa estão duas impugnações judiciais de concorrentes que defendem que as suas propostas deveriam ter sido selecionadas para a próxima fase. A Metro recorreu da decisão tomada em primeira instância pelo Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto, que deu razão às queixas, mas a empresa continua à espera de novidades.
Maturidade elevada
Na altura, durante a conferência "Margens que se ligam", promovida pelo JN e pela TSF, no Porto, o presidente da Metro, Tiago Braga, afirmou que "este é um processo com maturidade elevada". "Não teríamos sido selecionados com dois projetos no âmbito do PRR se assim não fosse", disse.
A empresa reconhece "os custos e as muitas horas de trabalho" dos concorrentes, mas relembrou, à data, "o custo social e económico caso a linha não seja feita".
Segundo o previsto, durante este ano, deveria realizar-se o Estudo de Impacte Ambiental e proceder-se ao debate público, para que o consórcio pudesse avançar com os trabalhos de construção no terreno no início de 2023.