Escavações no Monte São Julião contam com ajuda de voluntários e podem ser visitadas ate 2 de agosto.
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Um monumento fúnebre com 5000 anos, parte de uma muralha construída há 3000 e um telégrafo do século XIX podem ser visitados até 2 de agosto no Monte São Julião, na Branca, em Albergaria, altura em que arqueólogos e voluntários terminam a 12ª campanha de escavações. A Câmara está a criar um centro de interpretação no sítio e quer construir um museu para mostrar achados do concelho.
As provas de ocupação em períodos distintos tornam o sítio “único” e ainda “há muito a escavar”, diz Sara Silva, do Centro de Arqueologia de Arouca. A mamoa, um monumento funerário com 14 metros, é a mais antiga e apresenta sinais de ter sido violada. Seguem-se as muralhas de um povoado do final da Idade do Bronze. Não foram ainda escavadas casas, provavelmente porque seriam “feitas com materiais que se decompõem facilmente”, mas no local foi encontrado barro de pisos e paredes, uma foice tipo Rocanes, brincos, machados, cerâmicas e outros objetos.