Grupo de utilizadores de bicicleta experimentou esta quinta-feira o troço renovado da Dr. Lourenço Peixinho.
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Três dias depois da reabertura ao trânsito do primeiro troço renovado da avenida do Dr. Lourenço Peixinho, em Aveiro, onde existe uma via partilhada para velocípedes e para autocarros, um grupo de utilizadores de bicicleta quis experimentá-lo.
Por isso, ao final da tarde desta quinta-feira, cerca de duas dezenas de ciclistas, entre os quais crianças, pedalaram avenida fora. No final, houve opiniões para todos os gostos, mas um sentimento comum: todos preferiam ter uma via dedicada, só para bicicletas.
A antiga ciclovia dedicada, situada no separador central da avenida, desapareceu. Até porque já não há qualquer estrutura a separar as duas vias que existem em cada sentido - uma para partilhar entre autocarros e ciclistas, outra dedicada aos automobilistas.
Agora, ao lado dos passeios - que foram completamente renovados e têm cinco metros de largura -, há uma faixa para estacionamento de automóveis e, logo a seguir, a via partilhada.
"Os carros ali estacionados não oferecem segurança. E o sentimento generalizado é de que é assustadora a partilha com os autocarros. Não é comparável à segurança que sentimos quando andamos numa via dedicada", deixou claro Gisela Silva, no final do "teste".
Desporto
Para Ivo Prata, que tem na bicicleta o seu meio de transporte diário, andar na avenida de bicicleta, dantes, "era prazeroso". Agora, "é um desporto". "A mim chocam-me coisas como haver um sinal de cedência de prioridade numa via de autocarros e bicicletas. E, como se viu, passou um autocarro por nós e teve que nos ultrapassar, indo para a via principal. Ou andamos nós, ou andam eles. É complicado partilhar", frisou o ciclista.
Mas nem todos desgostaram da experiência. Foi o caso de Vítor Proença, que fez a viagem com o filho, de sete anos, e que se sentiu seguro. "Só acho que se perdeu a oportunidade de fazer uma ciclovia dedicada. Seria melhor para impulsionar o uso da bicicleta, para quem não está habituado a utilizá-la", opinou o ciclista, que utiliza as duas rodas como transporte diário.