Depois de ter sido anunciado que a próxima edição da Viagem Medieval, na Feira, iria sofrer alterações quanto à localização da área ocupada pelo evento, o presidente da Câmara Municipal, Emídio Sousa, garantiu, na tarde desta segunda-feira, que a mesma vai "manter o perímetro" das edições anteriores.
Corpo do artigo
No final de março, a empresa municipal Feira Viva, confirmava, ao JN, que a Viagem Medieval iria sofrer várias alterações, entre as quais a eliminação de alguns pórticos de pagamento e controlo na zona centro da cidade, realocando-se o evento mais para sul, estendendo-se a zona de ação ao longo da mata das Guimbras, margens do rio Cáster.
Esta informação acabou por criar descontentamento em alguns comerciantes das zonas excluídas e que faziam parte integrante do evento nas edições anteriores.
Na reunião do Executivo desta segunda-feira à tarde, o presidente da Câmara Municipal justificou que a deslocalização anunciada se tratava de "soluções técnicas em estudo". "Uma proposta técnica que estava a ser analisada", precisou.
"Decidimos manter o perímetro da Viagem", reiterou Emídio Sousa, dizendo que a decisão foi tomada depois de "discussão técnica e política".
"A Viagem Medieval não se deve separar do espaço urbano histórico. A Viagem vai manter-se no seu perímetro, como a conhecíamos anteriormente". "O edificado do nosso centro histórico deve estar intrinsecamente ligado à Viagem Medieval", adiantou o autarca.
O vereador socialista, Márcio Correia, considerou que essa foi "a melhor decisão tomada pela Câmara", afirmando que, "depois de dois anos de pandemia colocar fora do perímetro estes comerciantes seria exclui-los e perderiam a oportunidade de recuperar os rendimentos". Márcio Correia lembrou, ainda, que "foram feitos regulamentos que excluíram estes comerciantes destas zonas".
Aproveitou o momento para referir que algumas associações estão a ver os seus projetos de animação recusados pela organização o que, garante, "está a gerar insatisfação nas associações".
Emídio Sousa acabaria por confirmar, que entre as alterações que tinham sido anunciadas e que estão ainda previstas, encontra-se a retirada das duas tabernas da Praça Dr. Gaspar Moreira, em frente à Câmara Municipal. Serão deslocadas para a zona de restauração, nas Guimbras.
A Viagem Medieval é organizada pela empresa Municipal Feira Viva, Federação das Coletividades e Câmara Municipal.
Este ano, todas as crianças e jovens residentes no concelho de Santa Maria da Feira que frequentem estabelecimentos de ensino da rede pública ou privada no concelho ou fora dele, do pré-escolar ao 9º ano, vão ter entrada gratuita na 25.ª Viagem Medieval.
A Câmara Municipal da Feira já iniciou a oferta das pulseiras de acesso nas escolas, prevendo-se a sua conclusão até ao final desta semana, 9 de junho.