O presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre (PS) anunciou esta terça-feira que aquele município está a trabalhar na elaboração de um plano municipal de poupança, que inclua principalmente medidas de restrição aos consumos de energia e água.
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O autarca falava à margem de uma reunião do executivo, comentando as medidas de apoio à população anunciadas na segunda-feira pelo Governo, para fazer face ao aumento do custo de vida. Luís Nobre afirmou que também os municípios atravessam "um período de exigência para o qual não estavam preparados" e esperam também, por isso, que venham a ser anunciadas medidas para ajudar a desafogar as autarquias.
"Há expectativa de podermos ter aqui alguns mecanismos de reequilíbrio, porque todo este processo trouxe exigências para as quais nós não estávamos minimamente preparados", declarou o autarca, manifestando que é suposto que o Governo possa "ajudar os municípios", através de fundos dos quadros comunitários e do PRR. "A situação é exigente para todos e os municípios não estão à margem", frisou, referindo que "o impacto foi para os nossos concidadãos, famílias, empresas, autarquias e o próprio Estado. E compete ao Estado encontrar as medidas num diálogo com a União Europeia".
Luís Nobre indicou que face aos custos energéticos "não planeados" em termos orçamentais, o município "está a trabalhar e vai avançar muito em breve" com medidas próprias.
"Estamos aqui a preparar um plano de poupança relativamente aos custos de energia, combustíveis, no sentido de trazer um reequilíbrio. Vamos atuar ao nível da energia e da água também", afirmou, recordando que, no que toca ao abastecimento de água, "já em março tinha sido tomada a iniciativa e muitos a consideraram de certa forma alarmista".
"Sabíamos o que estávamos a fazer. Foram tomadas medidas em consciência e o que vamos agora fazer é consolidar todas essas medidas e trabalhar também na energia", frisou, considerando que o plano a anunciar brevemente "até nem tem só a ver com as necessidades do enquadramento financeiro, tem a ver com questões de sustentabilidade ambiental". "Temos de reinterpretar a nossa relação com a água e a energia, e isso passa pela mudança de atitude, e por no fundo, rompermos com algumas práticas", concluiu.