A diretora regional adjunta da Direção Regional de Educação do Centro demitiu-se do cargo, acusando a diretora deste organismo de ser responsável por "saneamentos políticos", "atropelos à lei", "falta de transparência" e "deslealdade institucional".
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No pedido de demissão que já formalizou junto do ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, Maria do Céu Castelo-Branco, militante do CDS-PP e antiga candidata deste partido à presidência da Câmara Municipal de Anadia e à Assembleia da República (integrou as listas "populares", por Aveiro, em 2011), justifica a decisão nos "continuados atropelos aos princípios da legalidade, da transparência e da lealdade institucional por parte da diretora regional, Cristina Oliveira, designadamente omissão de procedimentos e de tomadas de decisão no âmbito administrativo, saneamento partidário na escolha de presidentes da Comissão Administrativa Provisória dos novos agrupamentos, opções na gestão do parque automóvel da DREC [Direção Regional de Educação do Centro] que não respeitam o interesse do erário público e o desfecho do processo de inquérito sobre as agregações no concelho de Aveiro".
A diretora regional adjunta demissionária afirma que "o grave ambiente de conflito institucional existente na Direção da DREC foi repetidas vezes levado ao conhecimento do secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida, militante do CDS-PP, com a intenção de evitar a rutura e, assim, fragilizar ainda mais a coligação com o PSD".
Por considerar que "os factos que determinaram a demissão são relevantes no quadro de instabilidade da coligação governamental", Maria do Céu Castelo-Branco deu deles "imediato conhecimento" ao líder nacional do seu partido, Paulo Portas.
O JN tentou, sem êxito, obter um comentário da diretora regional da DREC.