O vice-presidente dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde, Augusto Faria, demitiu-se este domingo, na sequência do chamado Caso TVI, relacionado com o uso de uma ambulância em marcha de emergência para transportar convidados e apresentadores do programa "Somos Portugal" na Rota das Colheitas em 2016.
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A não renovação da comissão de serviço ao comandante da corporação, José Lomba, que, depois de tomar conhecimento da situação ocorrida a 9 de outubro de 2016, em Vila Verde, se manifestou contra a utilização da ambulância - proibida por lei -, conduziu agora à demissão de Faria, o único a votar favoravelmente pela continuidade de José Alberto Lomba.
Augusto Macedo de Faria, conhecido por "Tuta" Faria, está contra o facto de a direção, presidida por Carlos Braga, "não ter retirado consequências das conclusões do relatório interno e da Autoridade Nacional de Proteção Civil".
As conclusões de ambos os inquéritos apontavam para a responsabilidade de outro dirigente da corporação, Paulo Renato Rocha, que é chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, António Vilela, detido pela PJ de Braga, recentemente, por suspeitas de alegados casos de corrupção.
O dirigente demissionário alega igualmente "situações de anomalias graves, como prepotência, abuso de poder, má gestão e despesas exorbitantes", para a sua renúncia ao mandato, referindo ainda o despedimento do bombeiro José Caridade, depois de ter salvo a vida a um vizinho e outras ações operacionais.