A partir das 7.45 horas desta quinta-feira, a PSP começa a vigiar a cidade do Porto com a ajuda de 79 câmaras instaladas entre o Marquês e a Ribeira. Ao mesmo tempo, a Câmara do Porto arranca com outro processo para instalar mais 117 aparelhos até à Foz, incluindo a Pasteleira e o Pinheiro Torres.
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Está assinado o protocolo de cooperação entre a Câmara do Porto e a PSP para arrancar com o sistema de videovigilância da Baixa da cidade. A partir das 7.45 horas desta quinta-feira, 79 câmaras vão transmitir, à PSP, imagens da cidade entre o Marquês e a Ribeira durante 24 horas por dia e sete dias por semana. Cada aparelho, com visão noturna, filma em 360 graus e capta som em situações de emergência. Tanto o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, como a comandante do Comando Metropolitano, superintendente Paula Peneda, asseguram que o equipamento "não vai sobrepor-se à presença policial", funcionando como "um instrumento complementar". "Será também uma forma de dissuasão da criminalidade", acrescentou a superintendente.
E se os agentes, enquanto estiverem a ver as imagens, detetarem alguma situação, podem acionar meios de forma imediata? "A ideia é essa", reforça Paula Peneda. Rui Moreira acredita que este sistema permitirá evitar atos de vandalismo tais como os "roubos de estátuas" que se têm registado na cidade. O próprio equipamento é "antivandalismo", mas "há sempre um risco", admite a superintendente da PSP.
O centro de vigilância está, para já, instalado numa sala reservada à PSP no quartel do Regimento de Sapadores Bombeiros do Porto, na Rua da Constituição, mas Paula Peneda explicou que, com a futura reconstrução do Quartel da Bela Vista, serão lá as instalações do "centro de comando e controlo".
Mas a cidade não ficará por aqui. Rui Moreira anunciou, esta quarta-feira, momentos depois da assinatura do protocolo que permite à PSP utilizar o sistema de videovigilância disponibilizado pela Câmara do Porto, a instalação de mais 117 câmaras na "Pasteleira, Pinheiro Torres e Marechal Gomes da Costa, até à zona da Asprela e Campanhã". A montagem começa "já", garantiu o autarca. Fazendo as contas, o Porto passará a ser vigiado por 196 câmaras, mas "com certeza que virá uma terceira fase".
O investimento total ronda os quatro milhões de euros, adiantou o presidente da Câmara do Porto, "fora a manutenção" do equipamento.