Custos para produzir pouco em parcelas onde não entram máquinas são muito elevados, o que obriga a encarecer o produto para compensar.
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Vindimar numa vinha velha ou numa vinha nova vai quase dar ao mesmo – cortar uvas. A diferença substancial é que na primeira o terreno não está preparado para entrar lá um trator ou carrinha. Como tal, o transporte, pelo menos até onde o veículo chega, continua a ser feito às costas dos que acarretam as, agora, caixas de plástico. Mas no fim, se bem trabalhado, o resultado é um vinho exclusivo, que muitas quintas têm no top dos melhores e que é cada vez mais valorizado, atingindo no mercado um valor de várias dezenas de euros por garrafa.
Depois de um período em que se assistiu à destruição de muitas vinhas velhas, no âmbito de reconversões que visaram a modernização das parcelas, a mecanização possível e, até, a aposta em castas mais consentâneas com os gostos do momento, quem ainda tem vinhas antigas e que produzam uvas de qualidade tende a preservá-las o melhor que pode. Num mundo vitivinícola tão variado e competitivo, a exclusividade é tida como o trunfo que não se pode desbaratar.