Viseu disponível para apoiar refugiados ucranianos "em tudo o que for necessário"
O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, garantiu esta quinta-feira que a autarquia está disposta a receber refugiados ucranianos e a ajudar os cidadãos que fugirem da guerra na Ucrânia.
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"A Câmara está disponível para apoiar estes cidadãos em tudo o que for necessário, nomeadamente na cedência de habitação e isso queremos fazê-lo em estreita colaboração com as Juntas de Freguesia", explicou, aos jornalistas, no final da reunião do executivo municipal.
"O sossego das nossas comunidades mais rurais parece-nos ser um local ótimo para acolher quem vem a fugir de uma guerra", acrescentou.
O autarca garantiu que a CIM Viseu Dão Lafões, Comunidade Intermunicipal que também lidera, está igualmente disponível para apoiar o povo ucraniano, mas defendeu que o Governo tem que ceder aos municípios mais informações sobre o acolhimento de refugiados.
"Estamos a contar que um organismo estatal nos diga que há tantos refugiados que se destinam à nossa zona e a resposta é sim. Na falta dessa informação, recorremos à associação de ucranianos de Viseu", adiantou.
Fernando Ruas disse que gostaria "muito de estimular" a vinda de refugiados ucranianos para os apoiar, mas também para a região Centro e o Interior do país inverterem o ciclo de perda populacional.
Segundo o autarca, a zona Centro do país precisa que entrem todos os anos 52 mil novos habitantes para "equilibrar" os números da população residente.
Aos jornalistas, o presidente da Câmara de Viseu anunciou ainda que há um empresário do concelho (Abraveses) que se ofereceu para pagar um camião de transporte mercadoria e medicamentos para a Ucrânia.
"Se por acaso isto não servir, se quisermos aproveitar um autocarro para trazer cidadãos ele também paga. Paga a despesa total de trazer refugiados para aqui", explicou.
O município viseense, em parceria com duas associações e o Instituto Politécnico, está desde o fim de semana passado a recolher bens para enviar para a Ucrânia. Já foram recolhidas várias toneladas de produtos.
As necessidades mais prementes, nesta altura, prendem-se com alimentos não perecíveis, material de primeiros socorros, roupa apenas de criança, mantas, luvas, gorros e roupa interior.