Os dois militares da GNR que morreram na terça-feira à noite na A23, numa colisão entre dois veículos, prestavam serviço no Destacamento de Trânsito da GNR da Guarda
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O acidente que causou dois mortos e ferimentos graves num outro militar e num civil, envolveu dois veículos ligeiros e ocorreu pelas 21.25 horas de terça-feira na autoestrada A23 (Guarda/Torres Novas), no sentido norte-sul, na zona de Maçainhas, concelho de Belmonte, entre o nó de Benespera e Belmonte/Norte.
Devido ao acidente a autoestrada A23 esteve cortada nos dois sentidos, na zona do sinistro, até às 0.55 horas, altura em que foi reaberta a circulação no sentido sul/norte (Castelo Branco/Guarda).
O tenente-coronel Cunha Rasteiro, chefe da Secção de Operações, Informações e Relações Públicas do Comando Territorial da GNR da Guarda, adiantou à agência Lusa que o acidente vitimou um guarda de 32 anos, de Vilar Formoso (Almeida), e um cabo com cerca de 30 anos, natural de Castro Daire (Viseu).
Um segundo sargento da GNR, com cerca de 30 anos, da zona de Trancoso (Guarda), sofreu ferimentos graves e foi transportado para o serviço de urgências do hospital da Covilhã encontrando-se "livre de perigo", adiantou.
No acidente também ficou ferido com gravidade o condutor de um veículo ligeiro, que deu entrada no Hospital Sousa Martins da Guarda.
Cunha Rasteiro explicou que o acidente ocorreu quando uma viatura da GNR, com três elementos, foi abalroada por outro carro, quando se encontrava "na berma [da autoestrada] a sinalizar um incêndio" que ocorreu naquela zona, que esteve ativo durante cinco horas e que entretanto foi dado como dominado.
O carro ligeiro colidiu frontalmente com a traseira da viatura da GNR e "projetou o veículo para a berma", contou.
O condutor do veículo da GNR, que acabou por falecer, ficou encarcerado no interior da viatura, o mesmo acontecendo com o outro automobilista envolvido no acidente que ficou ferido com gravidade.
O Núcleo de Investigação Criminal de Acidentes de Viação da GNR de Castelo Branco está a investigar o acidente, segundo o tenente-coronel Cunha Rasteiro.
Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Castelo Branco adiantou à agência Lusa que no local do acidente estiveram 56 bombeiros das corporações de Belmonte, Gonçalo, Guarda, Covilhã e Fundão, elementos da GNR e da empresa concessionária da autoestrada A23, bem como veículos de desencarceramento, num total de 24 viaturas operacionais.
Devido à gravidade do acidente, foi também enviado para o local um helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que não chegou a atuar, segundo o CDOS.
Fonte da empresa Scutvias informou que não tinha previsão para reabertura do troço no sentido norte/sul, sendo alternativa a Estrada Nacional 18 (EN18).