O Bloco de Esquerda diz que num só apartamento do prédio da Rua de 31 de janeiro, no Porto, que desabou na quinta-feira, viveriam 12 pessoas "e cada uma pagaria de renda 150 euros por mês, sem contrato". Perante a falta de soluções habitacionais, o partido pede ao Município para utilizar "os fogos de reserva para situação de emergência".
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"Num só apartamento viveriam 12 pessoas e cada uma pagaria de renda 150 euros por mês, sem contrato", começa por escrever o Bloco de Esquerda, em comunicado. A confirmar-se esse valor, traduz-se numa renda total 1800 euros.
O partido nota que "muito fica por esclarecer" quanto à existência de respostas de habitação de emergência e diz ser "essencial que se afira como foi possível um edifício ser habitado nestas condições e existirem obras a decorrer no prédio adjacente sem as devidas intervenções de segurança pública que tivessem previsto e impedido este desfecho que poderia ter tido um resultado mais trágico, o que por sorte não ocorreu".
"O Bloco de Esquerda apela ainda à Câmara do Porto que use todas as diligências ao seu alcance, nomeadamente, utilizando os fogos de reserva para situação de emergência, para garantir que as pessoas desalojadas por esta derrocada tenham uma solução digna e estável de alojamento imediata. O Porto deve proteger quem cá vive e trabalha e não deixar cada pessoa à sua sorte", conclui o partido.
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Ao JN, a Câmara do Porto disse, no sábado, que ao que conseguiu apurar "o realojamento foi garantido entre o Centro Nacional de Apoio à Integração de Migrantes [CNAIM] e a Segurança Social até terça-feira". A organização Habitação Hoje afirmou, por outro lado, que pelo menos nove pessoas estavam em situação de sem-abrigo.