Bragança volta a estar de olhos postos no céu nos dias 6 e 7 de julho por ocasião da quarta edição do Careto AirShow, que trará a Trás-os-Montes dezenas de aeronaves pilotadas por cerca de uma centenas de pilotos portugueses e espanhóis.
Corpo do artigo
As presenças do campeão do mundo de acrobacias e do campeão de Espanha, Ramon Pardo e Jorge Macias Alonso, já estão confirmadas, bem como os paraquedistas caretos. As atividades decorrem no Aeródromo Municipal de Bragança, que este ano recebe pela primeira vez aviões experimentais semiacrobáticos, que vão estar em exposição estática mas que também vão ser usados em acrobacias aéreas.
Há também espaço para o balonismo, o aeromodelismo e em simultâneo um "fly-in" de parapente. Em terra, poderá ser visitado o cockpit de um avião F4 da Força Áerea Espanhola e experienciado um simulador de voo de um A320.
"Salientamos que este ano vamos passar fronteiras e vamos ter também pilotos franceses, para superar o número de pilotos participantes habitualmente", explicou Nuno Fernandes, presidente do Aero Clube de Bragança, entidade que organiza o festival aéreo.
O público tem possibilidade de fazer batismos de voo e de realizar voos solidários, cujas receitas revertem para a União das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Bragança. O Aeroclube vai oferecer 54 voos solidários a instituições cujos utentes nunca voaram.
Mas nem de só de aviões vive o Careto Air Show, que tem uma vertente ligada aos automóveis e às motorizadas com passeios em veículos vintage pela cidade. "Tudo isto é uma festa que junta também a gastronomia, e pela primeira vez vamos realizar uma festa 'Oitentamente', à noite, com música dos anos 80, onde se poderão fazer subidas estáticas em balões de ar quente e saltos de paraquedistas caretos", referiu Nuno Fernandes.
Organizar o festival aéreo custa 40 mil euros, sendo que o Aeroclube ainda não conseguiu a totalidade da verba e está a diligenciar para angariar os sete mil euros em falta, numa altura em que necessita de adquirir uma nova aeronave, uma vez que uma das três da frota ficou destruída num acidente aéreo nas imediações da cidade de Bragança, em março, que vitimou dois pilotos associados.