É acusado de nove crimes, entre os quais violação sexual e sequestro. Julgamento começou ontem à porta fechada
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Começou ontem, no Tribunal de Sintra e à porta fechada, a primeira sessão do julgamento do ator Carloto Cotta, acusado pelo Ministério Público de nove crimes alegadamente cometidos em maio de 2023. Entre os delitos imputados, estão violação, importunação sexual, coação sexual, sequestro, ameaça agravada, injúrias e ofensas à integridade física. O ator de 41 anos nega todas as acusações e, no mês passado, apresentou queixa-crime por denúncia caluniosa contra a queixosa.
O ator chegou ao tribunal, por volta das 13.45 horas, acompanhado do seu advogado, Rui Patrício, que integrou equipas jurídicas em processos mediáticos como o do BES e o do Benfica.
Vítima pede 45 mil euros
Durante a audiência, a defesa tinha previsto apresentar novos elementos probatórios, visando demonstrar a inocência do arguido, nomeadamente um registo em vídeo da alegada vítima sentada no pátio da casa de Carloto Cotta no dia seguinte aos factos em causa.
No despacho de acusação, a queixosa, uma mulher de 43 anos que reclama uma indemnização de 45 mil euros, afirma ter sido forçada a manter atos sexuais e a permanecer contra a sua vontade na casa do ator, situada em Colares, concelho de Sintra. Segundo o Ministério Público, Carloto Cotta terá usado força física para a imobilizar e obrigou-a à prática de sexo não consentido, mantendo-a depois retida durante várias horas.
O ator é conhecido pelos filmes "Diamantino" (2018) e "Banzo" (2024), bem como pelas participações nas telenovelas "Santa Bárbara" e "Laços de sangue".