Ex-mulher de Sarkozy emociona-se com prisão do antigo presidente: "Estou revoltada e comovida"
Cécilia Attias, ex-mulher de Nicolas Sarkozy e mãe de um dos seus filhos, diz-se comovida e revoltada com a prisão do antigo presidente francês. A partir de Nova Iorque, EUA, afirmou que "a história acabará por restabelecer a verdade".
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Cécilia Attias quebrou o silêncio. A ex-mulher de Nicolas Sarkozy, com quem foi casada durante 25 anos e mãe de Louis, um dos filhos do antigo presidente, reagiu nas redes sociais à prisão do ex-chefe de Estado francês, condenado a cinco anos de prisão por alegado financiamento ilícito da campanha de 2007.
Foto: Instagram
"Um homem com quem partilhei a minha vida durante 25 anos e que continua a ser o pai do meu filho será injustamente privado de liberdade", escreveu Cécilia, visivelmente abalada. "Estou comovida e revoltada ao ver Nicolas Sarkozy, que tanto deu a França, tratado desta forma", acrescentou.
Na mesma mensagem, publicada a partir de Nova Iorque, EUA, onde vive com o marido, o empresário Richard Attias, sublinhou o respeito que mantém pelo ex-presidente: "Mais além da nossa vida pessoal, quero expressar o meu apoio ao estadista que foi e ao ser humano que continua a ser: corajoso, íntegro e apaixonadamente ligado ao seu país. A História acabará sempre por restabelecer a verdade."
À distância, mas presente "de coração"
Impossibilitada de viajar para Paris "por motivos logísticos", Cécilia garantiu que estará emocionalmente presente no momento difícil que a família atravessa. "O meu coração e os meus pensamentos estarão com ele, com todos os seus filhos e com Carla" , escreveu, referindo-se à atual mulher de Sarkozy, Carla Bruni, com quem o ex-presidente tem uma filha, Giulia, de 14 anos.
Durante a madrugada desta terça-feira., cerca de uma centena de apoiantes reuniram-se junto à casa do antigo presidente, no 16.º arrondissement de Paris, para o acompanhar até à prisão de La Santé. Um forte dispositivo de segurança foi montado em redor do estabelecimento, onde os advogados de Sarkozy deverão apresentar um pedido de libertação provisória nas próximas horas.
Apesar da expectativa, o processo poderá prolongar-se por algumas semanas. "Seja qual for a decisão, serão pelo menos três a quatro semanas de detenção", explicou o advogado Me Ingrain, em declarações à rádio "Europe 1".
Entre emoção e indignação, as palavras de Cécilia Attias ecoaram entre apoiantes e críticos, lembrando a dimensão pessoal por detrás da turbulência política que volta a envolver Nicolas Sarkozy.