A princesa Isabel, herdeira do trono belga, de 23 anos, poderá continuar os seus estudos na Universidade de Harvard, disseram os seus porta-vozes, depois de ter estado envolvida numa ação do governo norte-americano para proibir a entrada de estudantes estrangeiros na universidade.
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"Posso confirmar que, por enquanto, todas as condições parecem estar reunidas para que a princesa continue os seus estudos em Harvard", disse o diretor de comunicação do Palácio Real Belga, Xavier Baert, de acordo com a agência Reuters.
Em maio, quando a administração do presidente norte-americano Donald Trump anunciou a proibição, o Palácio Real manifestou a preocupação de que a princesa Isabel, por ser cidadã belga, pudesse não poder continuar os seus estudos em Harvard.
No entanto, em junho, um juiz federal impediu o governo de implementar a medida assinada por Trump que procurava impedir a entrada de estrangeiros nos EUA para estudar em Harvard. A administração Trump afirmou estar a tentar forçar mudanças em Harvard e noutras universidades de alto nível nos EUA, alegando que se tornaram bastiões do pensamento esquerdista "woke" e do antissemitismo, o que a instituição nega. O governo recorreu da decisão do juiz, mas com o novo ano letivo marcado para começar a 2 de setembro, a providência cautelar contra a proibição de estudantes estrangeiros mantém-se em vigor.
A futura rainha da Bélgica está prestes a iniciar o segundo ano do mestrado de dois anos em Políticas Públicas em Harvard, um curso concebido para ampliar as perspetivas dos estudantes e melhorar as suas competências para "carreiras de sucesso no serviço público", de acordo com o site da Universidade de Harvard.
Quase 6800 estudantes internacionais frequentaram a universidade de 388 anos no último ano letivo, representando cerca de 27% da população estudantil.