Livro revela que rainha Camilla foi alvo de tentativa de agressão sexual na adolescência
Em jovem, rainha Camilla defendeu-se de agressor sexual com o sapato, como a mãe lhe ensinou
Foto: Martin Grimes / AFP
Novo livro sobre a monarquia britânica revela que Camilla foi vítima de uma tentativa de agressão sexual quando era adolescente, num comboio para Paddington, em Londres. A agora rainha, ainda jovem, enfrentou o agressor com o salto do sapato e o homem acabou detido.
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Um episódio pouco conhecido da juventude da rainha Camilla vem a público com a publicação do livro "Power and the Palace", de Valentine Low. O relato revela que, ainda adolescente, a agora rainha foi alvo de uma tentativa de agressão sexual durante uma viagem de comboio em Londres.
Segundo o jornal "The Guardian", a história foi contada por Camilla a Boris Johnson em 2008, quando este era presidente da Câmara Municipal de Londres. O relato foi partilhado por Guto Harri, então conselheiro de Johnson, que descreveu o episódio ao jornalista Valentine Low.
De acordo com Harri, Camilla reagiu como a mãe lhe ensinara: retirou o sapato e atingiu o agressor com o salto. Ao chegar à estação de Paddington, dirigiu-se a um funcionário fardado e denunciou o homem, que acabou por ser detido.
"Fiz o que a minha mãe me ensinou"
Na reunião em Clarence House, Boris Johnson terá expressado a sua admiração pela então futura rainha, descrevendo a relação como uma amizade em que "se davam como uma casa a arder". Mas o tom mudou quando Camilla começou a relatar o episódio traumático.
Harri destacou a sua determinação. "Ela não se deixou intimidar. Fez o que a mãe lhe tinha ensinado", disse, sublinhando que a coragem demonstrada foi decisiva para travar o ataque e garantir que o agressor fosse responsabilizado.
Hoje com 78 anos, Camilla dedica grande parte do seu trabalho público ao combate à violência doméstica e ao apoio a vítimas de abuso sexual. Entre outras iniciativas, lançou a distribuição de kits de apoio a pessoas agredidas, projeto recentemente reativado no Reino Unido.
A divulgação do livro reacendeu o debate sobre como figuras públicas partilham experiências pessoais. Não é claro se a rainha autorizou a divulgação desta história, mas a sua trajetória demonstra que a luta contra abusos é prioridade na sua agenda oficial.