Melania Trump protagoniza documentário de 40 milhões produzido pela Amazon e dirigido por Brett Ratner

Melania Trump volta a estar no centro das atenções, desta vez no grande ecrã. A atual primeira-dama dos Estados Unidos protagoniza "Melania", um documentário de 40 milhões de dólares (cerca de 34,6 milhões de euros) produzido pela Amazon MGM Studios, que promete revelar os bastidores da Casa Branca durante as três semanas que antecederam a tomada de posse de Donald Trump. A estreia mundial está marcada para 30 de janeiro de 2026.

A realização é de Brett Ratner, o cineasta norte-americano responsável por sucessos como "Rush Hour" e "Red Dragon", que regressa agora a Hollywood depois de anos afastado por acusações de assédio sexual que sempre negou. O filme acompanha Melania enquanto organiza a transição presidencial, prepara a mudança da família para Washington e assume novamente o papel de primeira-dama com o filho Barron ao seu lado.

Os bastidores do poder

Segundo a sinopse oficial, "Melania" "mostra o mundo através dos olhos da própria" e oferece "acesso exclusivo a reuniões críticas, conversas privadas e momentos familiares nunca registados". A primeira-dama surge a coordenar cada detalhe da mudança da residência oficial em Palm Beach para Washington, a escolher a equipa que a acompanha e a adaptar-se novamente à rotina da Casa Branca.

Em entrevista ao programa "Fox & Friends", Melania explicou que o documentário "acompanha o dia a dia da transição, o que faço, as responsabilidades que assumo e o que é preciso para transformar a Casa Branca num lar". A ex-modelo, que também assume o papel de produtora do filme, explicou que o projeto nasceu na sequência da sua autobiografia, publicada em 2024 durante a campanha eleitoral, que pretende revelar o lado mais humano e quotidiano da sua vida enquanto primeira-dama.

A própria Melania Trump recorreu ao Instagram para partilhar a data de estreia, mantendo o suspense em torno do projeto e reforçando a expectativa de acesso inédito à sua vida enquanto primeira-dama.

O regresso de Ratner e o fascínio de Melania

Para a Amazon, este é um dos maiores investimentos de sempre num documentário. Além do filme, está prevista uma minissérie em três partes que seguirá Melania entre Nova Iorque, Palm Beach e Washington, oferecendo uma visão mais íntima da vida da primeira-família americana.

A escolha de Ratner, um nome marcado pela polémica, tem gerado curiosidade e debate. Depois de anos afastado dos grandes estúdios, o realizador mudou-se para Israel em 2023, declarou-se "orgulhoso sionista" e manteve proximidade com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O seu regresso a Hollywood com um projeto centrado numa figura mediática e controversa como Melania Trump é visto como uma jogada estratégica e ousada.

Nascida na Eslovénia em 1970, Melania mudou-se para Nova Iorque em 1996, casou-se com Donald Trump em 2005 e tornou-se cidadã norte-americana no ano seguinte. É a única primeira-dama nascida fora dos Estados Unidos em quase dois séculos e a primeira naturalizada a ocupar o cargo.

"Melania" será exibido primeiro nas salas de cinema e, posteriormente, na plataforma Prime Video. Entre estilo, política e momentos de intimidade, o documentário promete revelar o lado mais reservado de uma mulher que raramente fala, mas que continua a ser uma das figuras mais observadas e enigmáticas da América contemporânea.