Eleita Miss Egito 2024, no sábado, Logina Salah fez história ao classificar-se no Top 30 do Miss Universo que se realizou no México, coroando a dinamarquesa Victoria Kjaer Theilvig. Diagnosticada com vitiligo aos oito anos, modelo foi a primeira participante com a doença de pele crónica a participar no concurso.
Corpo do artigo
“Que jornada incrível foi”, declarou Logina Salah, horas após ficar nas 30 semifinalistas da 73.ª edição do concurso de beleza Miss Universo, que se realizou sábado na Arena CDMX, na Cidade do México, México.
A representante do Egito, de 24 anos, já tinha feito história por ser a primeira mulher com vitiligo a participar, superando as expetativas com o lugar alcançado entre 127 candidatas.
Diagnosticada aos oito anos com a doença crónica que provoca despigmentação da pele, a modelo contou que foi vítima de bullying e demorou 15 anos a aceitar-se. “Desde então eu decidi ser a voz de quem não tem voz”, declarou.
Atualmente, Logina conduz um projeto cujo objetivo é visitar escolas e universidades para consciencializar crianças e jovens sobre o perigo do bullying.
“Quero mostrar ao universo que não devemos apenas quebrar os moldes, mas que não existem moldes. Quero mostrar ao universo como as ‘rainhas da beleza’ podem mudar e inspirar milhões de meninas em todo o mundo”, sublinhou.
O concurso Miss Universo 2024 confirmou a diversidade, com regras mais flexíveis, sem limite de idade, a partir dos 18 anos. Em competição, estiveram ainda mulheres casadas, divorciadas, com filhos, transexuais e também pela primeira vez uma surda (Mia Leroux, Miss Universo África do Sul) e uma com hijab (Khadija Omar, Miss Universo Somália), valorizando outros aspetos além da estética, como as experiências de vida e causas sociais.
Victoria Kjaer Theilvig, de 21 anos, foi a vencedora, levando pela primeira vez a coroa para a Dinamarca. A nigeriana Chidimma Adetshina e a mexicana María Fernandes Beltrán, que ocuparam os segundo e terceiro lugares respetivamente, completaram o pódio. Ainda no top 5 ficaram Ileana Márquez, da Venezuela, e Suchata Chuangsri, da Tailândia.
A portuguesa Andreia Correia não se qualificou para o top 30, depois de Marina Machete ter ficado entre as 20 primeiras na edição anterior.