Preso desde 16 de setembro, Sean "Diddy" Combs, o rapper também conhecido como P.Diddy, é acusado em dois novos processos de abusar sexualmente de dois menores de idade durante audições musicais. Uma das alegadas vítimas, diz que, quando tinha 10 anos, o artista lhe deu um refrigerante supostamente misturado com droga.
Corpo do artigo
Com julgamento marcado para maio de 2025, Sean “Diddy” Combs soma mais duas acusações em dois processos movidos esta segunda-feira: um por alegadamente drogar e agredir sexualmente um rapaz de 10 anos num quarto de hotel em Nova Iorque, em 2005; outro por abusos semelhantes a um candidato de 17 anos do programa da MTV “Making the Band”, em 2008.
A suposta vítima mais nova, na altura dos factos, tinha aspiração de se tornar ator e diz que o magnata do hip-hop misturou drogas no refrigerante que lhe ofereceu, forçando-o depois a fazer sexo oral, durante uma pretensa audição. No processo, consta ainda que terá perdido a consciência, despertando em lágrimas, com as calças abertas e as áreas íntimas doridas.
O outro caso terá ocorrido três anos depois, quando a parte queixosa (cujo sexo não é identificado) diz ter sido abusado quando participou numa audição de três dias para tentar a sua sorte na televisão e na música.
O testemunho recorda que, no primeiro dia, o rapper também conhecido como P. Diddy “fez perguntas hipotéticas sobre como lidar com situações envolvendo pressão sexual”, além de ter valorizado a sua capacidade de “fazer ou destruir” uma carreira.
No dia seguinte, o famoso artista terá dito que era preciso despir-se “para demonstrar a capacidade de incorporar uma persona de ‘ídolo sexual'”. “Esse encontro eventualmente transformou-se em Combs a forçar o autor a fazer sexo oral nele”, destaca o processo.
Ao terceiro dia, Sean “Diddy” Combs e o guarda-costas terão agredido sexualmente a alegada vítima, que acabou fora da competição televisiva, “pois Combs alegou que o autor não era confiável devido às suas reservas sobre fazer sexo oral ao seu guarda-costas”, acrescentam os documentos processuais.
À CNN, os advogados do rapper não comentaram as mais recentes alegações, negando, contudo, que o seu cliente tenha agredido sexualmente alguém ou praticado tráfico humano. Acusam ainda os advogados dos demandantes, que são os mesmos das ações anteriores, de quererem publicidade.
Os queixosos são representados por Tony Buzbee e Andrew Van Arsdale, que já disseram ter sido contratados por mais de 120 supostas vítimas. Diddy foi preso a 16 de setembro acusado de tráfico humano para exploração sexual, extorsão, entre outros crimes.
Mantém-se detido no Centro de Detenção Metropolitano em Brooklyn, em Nova Iorque, onde permanecerá até ao julgamento marcado para maio de 2025. Esta segunda-feira, a cadeia foi alvo de uma “operação interagências”, visando “atingir o objetivo comum de manter um ambiente seguro tanto para os nossos funcionários como para os indivíduos encarcerados”, como adiantou Bureau of Prisons em comunicado à agência Associated Press (AP).