Para voltar a interpretar Wolverine, Hugh Jackman ingeriu oito mil calorias por dia, enquanto Catherine Dior obrigou Maisie Williams a emagrecer.
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Ter talento nem sempre basta para caber em determinadas personagens, o que obriga a engordar ou a emagrecer substancialmente para interpretar o melhor possível o papel. A tarefa leva a adotar dietas rápidas e hábitos bizarros, como aqueles que experimentou, por exemplo, o Hugh Jackman, de 55 anos.
Para voltar a ganhar os músculos de Wolverine no filme “Deadpool 3”, ainda por estrear, o ator australiano sujeitou-se a um regime hipercalórico. Ao todo, foram mais de oito mil calorias diárias distribuídas por marmitas do chef Mario Spina com proteínas de achigã, salmão da Patagónia, hambúrgueres de frango e lombos de vaca com arroz, batata, massa e vegetais. Somou musculação durante cerca de seis meses para conquistar volume, mas diz que foi a desidratação que lhe deu “aquele ar enxuto”.
No entanto, “ficava tão sem energia que dormia o tempo todo porque estava numa dieta sem nenhum carboidrato e de calorias limitadas. Foi muito brutal”, afirmou, à revista “Manhattan”.
Cinco anos depois de se destacar como Arya Stark em “Guerra dos Tronos”, Maisie Williams, de 26 anos, perdeu mais de 11 quilos para ser Catherine Dior na série “The New Look”, que estreou na quarta-feira passada na Apple TV+. Ao contrário de Jackman, a atriz seguiu uma dieta restritiva para emprestar a melhor imagem à personagem, após esta ser torturada e levada para campos de concentração.
“Eu acordava às 4 horas para começar a trabalhar. Na noite anterior, lá pelas 19 ou 20 horas, eu comia algo salgado e desidratado, salmão e uma taça pequena de vinho”, partilhou Maisie, em conversa com a “Harper’s Bazaar”.
O perigo de extremos
Em várias entrevistas, Charlize Theron sublinhou o quanto lhe era difícil lidar com exigências de peso para trabalhos, sobretudo em filmes de ação. A atriz teve que engordar 22 quilos para ser uma dona de casa com três filhos na comédia “Tully”, à custa da ingestão de fast food ao pequeno-almoço e copos de macarrão com queijo às duas da manhã. “Fui atingida com força pela depressão. Pela primeira vez na minha vida comi tanto alimento processado e ingeri muita bebida com açúcar. Eu não era uma companhia agradável na altura”, admitiu.
Foi obrigada a recuperar a forma física rapidamente para ser a agente secreta em “Atomic Blonde-Agente Especial”. Pressionada, contou com a ajuda do médico em prol de “uma dieta mais saudável”. Aos 40 anos, garante querer parar por estar “envelhecer”.
Foi parar ao hospital
Há uns meses, no programa “Que História É Essa, Porchat?”, Deborah Secco, de 44 anos, também recordou os sacrifícios que fez para interpretar Judite, uma toxicodependente com sida em fase terminal, na longa-metragem “Boa sorte”.
Apesar de ser magra, abateu 17 quilos, alimentando-se, por dia, durante um mês, apenas com um sumo verde e um quarto de papaia. Também fazia muito exercício. No final, comeu tanto que foi parar ao hospital, reconhecendo ter sido complicado recuperar a normalidade.