Polémica com filho da princesa da Noruega escala após alegações de venda de droga
Com julgamento marcado para 3 de fevereiro, o filho mais velho da princesa Mette-Marit, Marius Borg Høiby, acusado de 32 crimes, entre eles quatro de violação, volta a abalar a imagem da Casa Real norueguesa com um livro que descreve alegado consumo e venda de drogas em frente ao palácio.
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A monarquia norueguesa volta a estar no centro das atenções. Marius Borg Høiby, filho mais velho da princesa Mette-Marit, regressa às manchetes com o lançamento do livro "Hvite striper, sorte får" ("Riscas brancas, ovelhas negras"), que descreve episódios de consumo e alegada venda de cocaína em frente ao Palácio Real de Oslo.
Novo livro sobre Marius Borg Høiby (filho de Mette-Marit, princesa herdeira da Noruega), "Riscas Brancas, Ovelhas Negras", em exposição numa livraria em Oslo, Noruega (Foto: Jonas Fæste Laksekjøn / NTB / AFP)
Os autores afirmam que a informação foi recolhida de fontes consideradas credíveis e que todos os relatos foram verificados antes da publicação. "As nossas fontes são credíveis e as histórias foram verificadas", disse Øistein Monsen, garantindo que não se trata de simples rumores. No entanto, a obra tem sido criticada por explorar a imagem do jovem para fins comerciais, sem que haja processos judiciais que confirmem algumas das alegações.
Julgamento em fevereiro
Entretanto, Marius tem outras polémicas a correr na Justiça. Acusado de 32 crimes, entre eles quatro de violação, agressões e outros delitos, o julgamento está agendado para decorrer entre 3 de fevereiro e 13 de março do próximo ano, no Tribunal de Oslo. O processo deverá prolongar-se por seis semanas, com 24 sessões no total. O procurador Sturla Henriksbo confirmou as acusações.
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Apesar de nunca ter tido um papel oficial na família real, Marius cresceu dentro do palácio, ao lado da princesa Ingrid Alexandra e do príncipe Sverre Magnus. Ele próprio já admitiu ter lutado contra dependências e estar em tratamento. O livro reacende a controvérsia em torno de uma das famílias reais mais discretas da Europa e coloca novamente em causa o delicado equilíbrio entre a privacidade e a imagem pública da Casa Real da Noruega.
Até agora, o palácio tem mantido silêncio sobre o livro e o caso judicial. A exceção foi o príncipe herdeiro Haakon, marido de Mette-Marit, que quebrou a reserva habitual. "Continuaremos a cumprir os nossos deveres da melhor forma possível, como sempre fazemos. Todos os envolvidos neste caso provavelmente consideram-no desafiante e difícil", declarou antes de um compromisso oficial em Trondheim.
Entre revelações e desmentidos
Os autores do livro garantem estar "plenamente confiantes" nas informações que recolheram e nas fontes utilizadas. A Casa Real reagiu em comunicado, através da porta-voz Guri Varpe, dizendo que a obra contém "inverdades, afirmações não documentadas e insinuações".
A polícia de Oslo também desmentiu que tenha observado Marius Borg a vender drogas, como é afirmado no livro. "Essas observações não constam de qualquer relatório policial", afirmou um porta-voz à NRK.

