Uma antiga funcionária da atriz brasileira está em tribunal a pedir uma indemnização de 128 mil euros, alegando despedimento sem justa causa depois de ter sofrido um suposto acidente de trabalho. Glória Pires já reagiu e afirmou que a queixosa mentiu quanto à data do acidente e agiu de má fé.
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Denise de Oliveira, ex-empregada doméstica de Glória Pires, processou a atriz alegando que foi dispensa da sem justa causae após ter sofrido um acidente de trabalho . Pede agora uma indemnização de 128 mil euros.
Segundo o jornal brasileiro “O Dia”, Denise começou a trabalhar, como cozinheira, em casa da artista em setembro de 2014. O seu último ordenado foi de mil euros.
No processo, afirma que trabalhava a segunda a quinta-feira, entre as 9 e as 22.30 horas, o que daria mais de 12 horas por dia. À sexta-feira, fazia o horário das 9 às 17 horas. Teria uma meia hora para almoçar.
No dia 7 de fevereiro, relata a funcionária, sofreu um suposto acidente de trabalho ao levar com uma gaveta do congelador do frigorífico sobre o braço esquerdo, o que lhe provocou uma fratura. Argumenta que fez uma avaliação médica e que lhe foi atribuída uma baixa com 20 dias para recuperar.
No entanto, a cozinheira esteve de baixa até setembro de 2021, altura em que regressou a casa de Glória Pires e em que soube ter sido dispensada aparentemente sem justa causa.
A versão da atriz
A atriz visada, ouvida pelo “Metrópole”, dá outra versão dos factos. Glória Pires refere que foi “enganada”, porque só soube do acidente de trabalho algum tempo após ter ocorrido e mediante uma atestado médico apresentado.
A artista salienta que combinou com a ex-funcionária que ficaria a receber o salário normalmente até começar a receber o subsídio do INSS (a Segurança Social brasileira).
Acontece que, conta Glória Pires, Denise agiu de má fé dado que não disse que estava a receber ambos: o subsídio e o salário. Perante isso, decidiu demitir a cozinheira e parar de lhe pagar o salário.
Por outro lado, prossegue a atriz, o comprovativo de atendimento na emergência hospitalar, bem como o atestado médico, só lhe foi apresentado 20 dias depois do alegado acidente de trabalho. O motorista que a ex-funcionária indicou como a pessoa que a conduziu ao hospital nega que tenha feito tal serviço.
Glória Pires nega a suposta carga carga horária abusiva e sublinha que Denise de Oliveira entrava ao serviço às 9 horas. No dia do alegado acidente, que terá acontecido às 19 horas, a atriz diz que só trabalhou três horas.
Mas há mais na versão da artista: o atendimento hospitalar que terá, segundo Denise, ocorrido no dia 7 de fevereiro de 2020 só mereceu atestado médico a 27 do mesmo mês.
Glória Pires não quis falar do pedido de indemnização nem do processo em tribunal.