Atriz celebra aniversário em Roma, onde nasceu. É uma lenda viva da sétima arte.
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Os seus papéis seduziram diferentes gerações que acompanharam o percurso de Sophia Loren na sétima arte. A atriz italiana faz hoje 90 anos e a sua própria vida dava um filme, desde a família à infância perdida, passando pelo inegável talento, a par do estilo que, desde cedo, a definiu e se tornou atemporal.
A artista mora em Genebra, Suíça, mas é em Roma, onde nasceu e singrou, que vai celebrar. A festa será no terraço com vista privilegiada sobre a cidade, do hotel Anantara Palazzo Naiadi, reunindo cerca de 150 convidados selecionados entre amigos e personalidades que marcaram o percurso da protagonista.
Segundo o “Corriere della sera”, o evento marcará ainda a inauguração de uma suíte em homenagem à aniversariante, preparada ao detalhe pelo filho Edoardo Ponti (que é realizador), para ser a casa de Sophia, quando está na terra natal.
Memórias frescas
Ao jornal italiano, o mês passado, a musa da sétima arte reconheceu que a sua vida passou a voar. “Quando sonho, tenho sempre 15 anos. O meu papel favorito? Fora dos sets”, partilhou. Recuou aos tempos em que cruzava “os portões do Cinecittà (complexo de estúdios em Roma)” com a mãe, que era sósia de Greta Garbo e queria ser atriz, despertando depois a sua própria vontade. “E agora estou aqui com 90 anos”, atirou, na entrevista à “Sette”, o suplemento do “Corriere della Sera”.
Sublinhou ainda três momentos que mudaram a sua vida: a relação com Vittorio De Sica, o diretor de “Duas mulheres”, que lhe valeu o Oscar de Melhor Atriz e o reconhecimento, a amizade com o ator Marcello Mastroianni, com quem fez 12 filmes, e a ligação ao produtor Carlo Ponti, com quem acabou por se casar. Nele, como sublinhou, encontrou “amor incondicional e uma família linda”.
Sophia agarrou o sucesso nos anos 1950. Morena, de olhar felino e lábios carnudos, captou a atenção dos cineastas após entrar num concurso de beleza, aos 14 anos.
Nascida da relação de Romilda, uma professora de piano, com Riccardo, um engenheiro civil, cedo foi abandonada pelo pai, o que ditou anos de pobreza em Pozzuoli, perto de Nápoles, onde cresceu.