Presidente dos EUA volta a lançar suspeitas sobre envolvimento de celebridades na campanha democrata de Kamala Harris. Documentos oficiais desmentem pagamento direto a Beyoncé.
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Donald Trump voltou a acusar Beyoncé de ter recebido 11 milhões de dólares ( cerca de 9,5 milhões de euros) para apoiar a campanha de Kamala Harris nas últimas eleições presidenciais. Através da sua rede social Truth Social, o presidente dos EUA classificou o alegado pagamento como ilegal e afirmou que todos os envolvidos deveriam ser responsabilizados judicialmente.
"Estou a olhar para a grande quantia de dinheiro devida pelos democratas, após a eleição presidencial, e o facto de admitirem ter pagado, provavelmente ilegalmente, onze milhões de dólares à cantora Beyoncé, três milhões de dólares por 'despesas' com Oprah, seiscentos mil dólares para um programa de TV de baixíssima audiência, Al Sharpton, e outros que serão nomeados por não fazerem absolutamente NADA!", escreveu.
Trump referiu-se à participação da cantora num comício em Houston, Texas, alegando que Beyoncé não chegou a cantar e foi vaiada pelo público. Estendeu ainda as críticas a outras figuras ligadas à campanha democrata, como Oprah Winfrey e Al Sharpton, mencionando valores que considerou excessivos e injustificados.
Contudo, documentos oficiais não corroboram as suas alegações. De acordo com a CNN, os registos federais indicam um pagamento de 165 mil dólares (aproximadamente 141 mil euros) à empresa de produção de Beyoncé, que consta como despesa associada à organização dos eventos de campanha, não como um pagamento direto à artista.
Adrienne Elrod, porta-voz da campanha de Kamala Harris, esclareceu Ainda que não houve qualquer pagamento a celebridades pelo seu apoio, explicando que a legislação eleitoral obriga à declaração de todas as despesas relacionadas com a realização dos eventos, incluindo custos técnicos como som, iluminação e produção.
Estas acusações já tinham sido escrutinadas em outubro de 2024 por plataformas independentes de verificação, como FactCheck.org e PolitiFact, que não encontraram evidências de ilegalidade.
Beyoncé apoiou Kamala Harris desde o início da campanha, autorizando a utilização da sua música "Freedom" como tema de entrada nos comícios. Quando Donald Trump tentou usar a mesma canção, a artista ameaçou recorrer aos tribunais por uso indevido.
Para além da intérprete de "Comboy Carter", várias outras personalidades públicas manifestaram apoio à candidata democrata, como Taylor Swift, Lady Gaga, George Clooney, Bruce Springsteen e Rufus Wainwright.