"Violação não se filma, condena-se". Figuras públicas manifestaram-se contra a violência sexual
Em Lisboa, centenas de pessoas participaram numa manifestação contra a violência sexual, depois do caso de uma jovem alegadamente violada por três influenciadores em Loures. Inês Herédia, Rita Ferro Rodrigues e Iva Domingues juntaram-se aos protestos, condenando a partilha de imagens de agressões.
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A manifestação "Violação não se filma, condena-se" reuniu centenas de pessoas em frente à Assembleia da República, em Lisboa, na tarde de sábado. O protesto aconteceu depois de três jovens influenciadores terem alegadamente violado uma jovem de 16 anos em Loures e partilhado as imagens do momento na Internet.
A atriz Inês Herédia, de 35 anos, uniu-se ao movimento e, na página de Instagram, fez um desabafo. "Começámos poucas, estamos muitos, mas continuamos a ser poucas. Acima de tudo, poucos. Escorrem-me as lágrimas e não consigo gritar, oiço os gritos e não me sai uma palavra, sinto-me em oração, em descrença", escreveu.
Mais tarde, a apresentadora Rita Ferro Rodrigues partilhou imagens do protesto, onde surgia ao lado de Inês Herédia, e posicionou-se contra as recentes notícias.
Também Iva Domingues reuniu-se em frente ao Parlamento para condenar os violadores. "Estou farta. Estou zangada. Estou revoltada com a violência a que estamos sujeitas, todos os dias. Estou revoltada com a impunidade dos agressores. Se não entendes a nossa dor, se não percebes as lágrimas desta revolta, não podes ser humano… E não, não sei o que tens no lugar do teu coração", sublinhou, apelando aos seguidores para assinarem a petição pública da violência contra as mulheres.
Os suspeitos da violação em Loures que, segundo as autoridades, possuem um público significativo, foram libertos após interrogatório judicial, ficando apenas sujeitos a apresentações periódicas e à proibição de contacto com a vítima.