Protagonista de "Terra brava" submeteu-se a um treino intensivo para dar vida ao militar "Diogo".
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As cenas sem camisola na República Centro-Africana, onde integrou uma missão de paz, não enganam: João Catarré está "seco" e com corpo de militar. Mas o "Diogo" da trama de Inês Gomes, que está numa missão de vingança pela morte do pai em "Terra brava", suou para chegar ao físico de um homem do Exército: teve a ajuda de um "personal trainer" e passou uma semana com os Comandos para dar realismo ao seu papel. Resultado: 18 quilos perdidos em mês e meio.
"Como esta personagem esteve na guerra da República Centro-Africana tive treino militar. Trabalhei primeiro com o meu "personal trainer", o Pedro Correia, durante um mês e meio, o que deu para aguentar uma semana nos Comandos. Fui tratado como um militar qualquer", diz João Catarré ao JN, em Rio Frio, na zona de Setúbal, que serve de cenário à novela.
"Os últimos meses exigiram muito de mim e tenho 18 quilos a menos. Ser militar tem essas características. O segredo? É preciso ter muita força de vontade e deixar de comer coisas das quais gostamos, como aquele buffet que está ali [aponta para uma mesa da produção]".
Depois de "Belmonte" e "Espírito indomável" (TVI), João Catarré volta a fazer uma novela rural, agora na SIC. "É um regresso ao campo. Esta quinta na qual estamos a gravar é deslumbrante. Vim para a SIC porque me foi proposto um projeto diferente e fiquei deslumbrado com a escrita da Inês Gomes", acrescenta ao JN.
Reencontro dez anos depois
Em "Terra brava" o protagonista reencontra Mariana Monteiro, dez anos depois de terem trabalhado juntos na novela do canal rival em "Deixa que te leve". "É muito bom voltar a contracenar com a Mariana uma década depois da última novela. Já nos conhecemos, mas descobrimos sempre coisas novas um do outro".
A filha, Francisca, fruto da antiga relação com a atriz Sandra Santos, só vê as cenas previamente escolhidas pelo pai.
"A minha filha já viu uma fotografia minha vestido à militar e gostou muito, mas ainda não veio a estúdio. Deixo-a ver algumas cenas, mas não as do início da novela, que são violentas. Só depois de ela se deitar é que eu começo a ver os textos", conclui João Catarré.