O Presidente da República considerou, este sábado, a propósito da contribuição extraordinária em sede de IRS anunciada pelo Governo, que se Portugal cumprir rigorosamente os seus compromissos internacionais há razões para acreditar que melhores dias chegarão.
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No final da cerimónia de inauguração de um monumento em homenagem aos fuzileiros, no Barreiro, a comunicação social perguntou ao presidente da República, Cavaco Silva, se compreende a adopção de uma contribuição extraordinária em sede de IRS, que segundo o primeiro-ministro será equivalente a metade do subsídio de Natal acima do salário mínimo nacional.
"A situação actual do nosso país não é uma fatalidade, e os portugueses devem, de facto, pensar isso mesmo: não é uma fatalidade. Se nós cumprirmos rigorosamente os compromissos que assumimos perante as entidades internacionais há uma grande possibilidade de melhores dias chegarem no futuro", respondeu Cavaco Silva.
Os jornalistas insistiram em saber se compreende a medida anunciada na quarta-feira pelo primeiro-ministro, mas o chefe de Estado escusou-se a avançar mais comentários.
"Eu não me costumo pronunciar sobre medidas do Governo que vão ser discutidas na Assembleia da República e que, nos termos da lei, só depois chegam à mão do Presidente da República para efeitos de promulgação. Só nessa altura é que eu tomarei posição", declarou.