O ex-líder do CDS/PP Adriano Moreira insistiu ontem que "a pressão tributária tem limites" referindo-se a novas medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro.
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Adriano Moreira falava aos jornalistas à entrada de um jantar comemorativo do seu 90.º aniversário, quando questionado sobre as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro.
O ex-líder histórico do CDS/PP já na semana passada, em Castelo de Vide, considerou que independentemente da avaliação da "troika" a Portugal, o limite da fadiga tributária "não pode ser ultrapassada".
O primeiro-ministro anunciou hoje ao país que os pensionistas continuarão sem subsídios de natal e de férias e que os funcionários públicos continuarão com um dos subsídios suspenso e o outro será reposto de forma diluída nos 12 salários, apenas para ser retirado de novo através do aumento da contribuição para a Segurança Social de 11 para 18 por cento.
Os trabalhadores do setor privado perderão, na prática, um subsídio, através do aumento da contribuição para a Segurança Social, que nas contas do Governo corresponde ao equivalente a um dos subsídios anuais.
A declaração do primeiro-ministro em São Bento surge numa altura em que a quinta avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) pela 'troika' se aproxima do fim, e como forma de contornar a decisão do Tribunal Constitucional em declarar inconstitucional para 2013 os cortes nos subsídios apenas para pensionistas e funcionários públicos.