"Vou dizer aquilo que penso sobre as próximas eleições legislativas e ouvir o que os meus apoiantes têm a dizer", disse o deputado socialista.
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O grupo de apoiantes de Manuel Alegre, que se reúne no próximo dia 15 para definir a sua posição sobre as próximas eleições legislativas, quer saber se tem possibilidades de influenciar o futuro programa eleitoral do PS.
"Vou dizer aquilo que penso sobre as próximas eleições legislativas e ouvir o que os meus apoiantes têm a dizer", declarou Manuel Alegre à agência Lusa.
Para já, o deputado socialista recusa-se a adiantar mais pormenores sobre a reunião de dia 15, para a qual serão convocados os mais destacados apoiantes da sua candidatura presidencial de 2006, independentemente de estarem ou não no Movimento de Intervenção e Cidadania (MIC) ou na corrente de Opinião Socialista (Ops!).
A reunião, que não terá um carácter formal, deverá juntar no máximo cerca de uma centena de pessoas, entre os quais o presidente do MIC, João Correia, e o presidente da Assembleia Geral deste movimento criado a seguir às presidenciais, o catedrático da Universidade de Coimbra Faria e Costa.
Um dos promotores do encontro sintetizou desta forma o objectivo essencial da reunião: "não pretendemos fazer o programa do PS, mas queremos saber se há possibilidade de influenciar o PS".
Em segundo plano, de acordo com o mesmo elemento, estará a questão das negociações relativas à presença de "alegristas" nas futuras listas do PS concorrentes às próximas eleições legislativas - assunto que Manuel Alegre costuma caracterizar como "questões de mercearia".
Para a corrente de Alegre, aliás, caso a questão com a direcção de José Sócrates passasse só pela constituição das listas de deputados "tudo já estaria há muito tempo resolvido".
Entre os "alegristas" e a direcção do PS, subsistem divergências sobretudo no que toca a políticas de educação e no que se refere às leis laborais aprovadas nesta legislatura.
Pelo contrário, a corrente de Manuel Alegre considera que se assistiram ao longo do último ano a "mudanças positivas" nas políticas de saúde com a nomeação Ana Jorge para as funções de ministra da Saúde, em substituição de Correia de Campos.
A corrente de Alegre considerou como "positivo" o compromisso do PS de rever na próxima legislatura a aplicação de taxas moderadoras nos internamentos e cirurgias hospitalares.