O candidato socialista a primeiro-ministro afirmou, esta quarta-feira, que um Governo PS devolverá em 2016 "o máximo possível" dos cortes salariais aplicados aos trabalhadores do setor público e remeteu a apresentação das propostas fiscais para a primavera.
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António Costa assumiu estas posições em entrevista à RTP, depois de interrogado pelo jornalista João Adelino Faria sobre o calendário que um Governo do PS adotará para devolver na íntegra os salários dos trabalhadores do setor público e eliminar a sobretaxa em IRS.
No que respeita aos salários dos trabalhadores do setor público, o presidente da Câmara de Lisboa defendeu que o Tribunal Constitucional aponta claramente no sentido de uma reposição "tão cedo quanto possível" dos cortes.
"O desejável, obviamente, é que fosse imediato", mas "o Tribunal Constitucional não fixou qual o limiar" temporal, referiu António Costa.
"O objetivo deve ser 100 por cento, se for possível em 2016. Se não for possível 100 por cento em 2016, então deve ser o máximo possível. Esta condição de estabilização dos salários é fundamental para que o conjunto da economia tenha a confiança necessária", sustentou.
Já quando interrogado sobre o calendário para a redução da sobretaxa do IRS, o candidato socialista a primeiro-ministro disse que as propostas do PS na área da fiscalidade serão conhecidas com a apresentação do programa de Governo, algo que acontecerá na próxima primavera.
"Não apresento antes porque é necessário que quando as propostas forem assumidas poderem ser garantidas. A última coisa que os portugueses suportam é novas promessas em matéria fiscal que não possam ser cumpridas, mas ninguém votará [em outubro nas eleições legislativas] sem saber aquilo que o PS se compromete a fazer", disse.