O cabeça de lista do Partido Nacional Renovador às eleições europeias disse, este sábado, em Faro que a saída da troika de Portugal é uma "falácia" e que é preciso que os portugueses recuperem a independência.
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"Acho que dizem para aí que a 'troika' hoje se vai embora, o que é uma falácia, porque vão continuar a mandar em nós, o país vai estar sob tutela dessas instituições durante muitos e muitos anos", afirmou à Lusa Humberto Nuno de Oliveira, que hoje esteve em campanha em Almada, na Costa de Caparica e em Faro.
Para o candidato do PNR é uma "fantasia" e uma "mentira" assinalar o dia de hoje como sendo o da saída da 'troika', sublinhando que é necessário recuperar a independência política de uma Europa "federal e cada vez mais ditatorial, onde mandam os grandes e obedecem os pequenos".
O professor de História considera ainda que esta não é uma Europa "solidária ou livre", aproveitando para apelar o eleitorado ao voto, porque é "importante que as pessoas percebam que cada vez mais o que nos diz respeito se decide em Bruxelas", e defendendo um voto na mudança.
"O nosso Governo é cada vez mais uma mera correia de transmissão daquilo que é decidido lá fora. É importante que votem na mudança, porque PS e PSD falam na Europa exatamente à mesma voz", apelou.
Humberto Nuno de Oliveira defendeu ainda a abolição do acordo de Schengen, que considera que permitiu ter as "fronteiras escancaradas", com um efeito desregulador nas diversas economias europeias, defendendo que não se deve sequer emitir o sinal de que é possível ao emigrante vir para cá, sob pena de contribuir para problemas sociais em Portugal.
"Todas as pessoas que se integram bem na sociedade portuguesa são bem vindas. O problema é que a situação portuguesa é muito difícil e o facto de estar a dar o sinal, lá para fora, de que há espaço para mais é uma mera ilusão", concluiu.
O candidato do PNR percorreu hoje algumas artérias de Faro em caravana automóvel e esteve em campanha junto ao Teatro Municipal de Faro, numa zona de desporto e lazer.