O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, considerou, esta terça-feira, ser "muito cedo" para fazer uma avaliação sobre o futuro do programa de ajustamento, afirmando acreditar que Portugal "vai voltar" a crescer.
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"É muito cedo para podermos fazer grandes avaliações sobre o que será o futuro, porque a vida, sobretudo em economia, ela tem um tempo para acontecer e tem um tempo, depois, para ser avaliada", disse.
Para o governante, Portugal "foi um exemplo de crescimento" durante várias décadas passadas e, por isso, acredita que o país "vai voltar a crescer" no futuro.
"Portugal foi um exemplo de crescimento e, por isso, eu não compro, não admito a ideia de que Portugal não vai voltar a crescer, claro que vai voltar a crescer", declarou.
Carlos Moedas falava durante a Universidade de Verão do PSD, que está a decorrer, desde segunda-feira, em Castelo de Vide (Portalegre).
O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, que afirmou que não tem nada "contra" a dívida, fez no entanto questão de ressalvar que "nada em excesso é bom".
"Eu não tenho nada contra a dívida, eu acho que a dívida é necessária nas empresas, sempre se trabalhou com dívida, agora aquilo que a dívida não pode ser é uma dívida em excesso. Como tudo na vida, nada em excesso é bom", sublinhou.
Carlos Moedas destacou ainda o nível de cumprimento do país desde o início do programa de ajustamento, considerando que esse fator traduz-se em "credibilidade" para Portugal.
"Portugal tem um nível de cumprimento de 91% das medidas desde o início do programa. Eu penso que isso só nos pode trazer credibilidade, confiança nos mercados e nos investidores", afirmou.
Na Universidade de Verão do PSD, Carlos Moedas deu uma aula sobre as "10 respostas sobre o programa de ajustamento em Portugal".
A iniciativa, que conta este ano com 100 alunos, decorre até domingo, sendo encerrada pelo líder social-democrata e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.