A vice-presidente do PSD Teresa Leal Coelho acusou o PS de tentar desestabilizar a maioria e Paulo Portas, ao anunciar, este sábado, a intenção de criar uma comissão de inquérito sobre o negócio da compra de submarinos.
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"À partida, neste momento, em fim de semana de congresso do PSD, há aqui uma tentativa ou, pelo menos, uma oportunidade de desestabilização contra Paulo Portas, que nós repudiamos totalmente", afirmou, à saída do Coliseu dos Recreios, em Lisboa.
O líder do CDS-PP e vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, era ministro da Defesa na altura em que Portugal adquiriu dois submarinos.
A deputada social-democrata frisou que o PSD considera ter de haver uma separação entre "aquilo que é do poder judicial daquilo que é da política", defendendo não se poder "banalizar as comissões de inquérito".
O líder parlamentar socialista, Alberto Martins, anunciou, no Porto, que a bancada socialista vai avançar com um pedido de constituição de comissão de inquérito parlamentar ao processo de aquisição de submarinos e de viaturas blindadas pelo Estado Português.
"Faria antes um apelo a António José Seguro (líder do PS) para que estivesse mais disponível para resolver os problemas de Portugal, que possa participar brevemente no processo de criminalização do enriquecimento ilícito, absolutamente crucial para combater a corrupção", sugeriu, referindo-se a uma iniciativa legislativa, "nas próximas semanas", do PSD.
Questionada sobre a sua disponibilidade para concorrer às eleições europeias de 25 de maio, Teresa Leal Coelho, realçou a importância das questões comunitárias para "resolver os problemas dos portugueses no dia-a-dia".
"Dentro ou fora da Europa é sobre essa matéria que temos de falar. Estou disponível para, com o presidente do partido, levar Portugal a bom porto", afirmou.