O presidente da República, Cavaco Silva, advertiu esta sexta-feira que a preservação da capacidade operacional das Forças Armadas, com recursos materiais e humanos adequados, deve merecer especial atenção e apontou a Saúde Militar como "instrumento indispensável".
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"A preservação da capacidade operacional requer recursos materiais e humanos adequados à manutenção de níveis de treino e operação das forças. A Saúde Militar assume-se aqui como um instrumento indispensável do Sistema de Forças Nacional, para assegurar a sua operacionalidade, aumentar a confiança, o moral, o rendimento, a autoestima e o bem-estar das tropas", declarou Cavaco Silva.
O presidente da República, que é Comandante Supremo das Forças Armadas, discursava, esta sexta-feira, após dar posse ao novo Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), Pina Monteiro, no Palácio de Belém.
Cavaco Silva disse em seguida ser "necessário que o processo de instalação e funcionamento do Hospital das Forças Armadas seja concluído com sucesso", frisando que nas situações de "grande constrangimento, é sobre as pessoas que as dificuldades se fazem sentir de forma mais direta e intensa".
O presidente da República considerou ser importante que a "ação de comando seja centrada nas pessoas, dando especial atenção aos problemas concretos dos militares", cujas expetativas considerou legítimas.
Cavaco Silva sublinhou que "tem sido forte o esforço de contenção, tanto no plano individual, como no plano institucional" na atual "complexa situação financeira" do país e assinalou o "alto sentido de serviço" e o "cumprimento exemplar das missões".
"Esta atitude e esta cultura institucional, em que releva a preocupação permanente das Forças Armadas de pôr em primeiro lugar os interesses do país, tornam legítimas as expetativas dos militares de que as reformas necessárias assentem, de modo positivo e construtivo, numa ideia de futuro, para que não sejam percebidas apenas como um exercício de rigor orçamental", apelou.
O presidente da República apontou como "pressupostos essenciais ao sucesso das reformas" a "estabilidade, coesão e disciplina das Forças Armadas", a "união e a cooperação entre os ramos militares", a "existência das condições indispensáveis para o exercício do comando por parte dos chefes militares" e uma "relação entre os chefes militares e a tutela baseada na lealdade e frontalidade".
Dirigindo-se ao novo CEMGFA, Cavaco Silva lembrou que lhe cabe "exercer o dever de tutela inerente à função de comando, acompanhar a preparação das leis estruturantes" e "contribuir para que decisões sejam concretizadas num clima de cooperação, coesão e consenso com os responsáveis políticos da área".