O CDS-PP reiterou, este domingo, o convite à participação do maior partido da oposição, o PS, para "construir soluções que permitam ultrapassar as consequências do acórdão do Tribunal Constitucional", numa "hora da verdade", à semelhança do primeiro-ministro.
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Minutos antes de o líder parlamentar democrata cristão, Nuno Magalhães, dar uma conferência de imprensa, limitada a cinco comentários, na sede do partido, em Lisboa, o líder do executivo e do PSD, Pedro Passos Coelho já tinha apelado a "todos os partidos do arco da governabilidade", numa declaração ao país.
"O acórdão não afeta apenas o Governo ou os partidos da maioria. É o Estado português que tem um compromisso externo com a Europa e com o Fundo Monetário Internacional e é o povo português que está a sofrer as consequências de termos deixado, em 2011, de ser um país capaz de se financiar e de honrar os seus compromissos", disse Nuno Magalhães.
"Há aqui uma hora da verdade. São todos os órgãos de soberania e todos os partidos do arco da governabilidade que têm de ajudar a construir soluções que permitam ultrapassar as consequências do acórdão do TC", afirmou.
O deputado centrista sublinhou ainda que a solução "não é aumentar impostos" porque "seria trágico para a economia, empresas, trabalhadores, famílias, em suma, para os portugueses".
"O primeiro-ministro salientou que é preciso fazê-lo [cumprir o Programa de Assistência Económico-Financeira], explicando à 'troika' a nossa circunstância, tentando defender o interesse nacional e lembrando duas urgências: o crescimento económico e a criação de emprego", frisou Nuno Magalhães.
O dirigente do CDS adiantou que "o fecho destas negociações é essencial para que a 'troika' saia em 2014 e Portugal não caia num segundo resgate".
"O Governo deu uma mensagem de bom senso e de sentido de responsabilidade, bastante importante, num momento em que Portugal volta a ser citado, em termos internacionais, de forma muitíssimo inquietante", afirmou.