CDS-PP fala de orçamento "libertador" e diz que PS precisa de se libertar de fantasmas
O deputado do CDS-PP Telmo Correia apontou esta sexta-feira o Orçamento do Estado para 2014 como um documento "libertador" e deixou duras críticas aos socialistas que precisam de se "libertar dos seus fantasmas e do seu passado".
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"Trata-se de um Orçamento do Estado libertador, porque liberta o país do programa de assistência e da presença da 'troika'", afirmou o deputado democrata-cristão, no encerramento do debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2014.
Considerando que se tratou de uma discussão que "correu muito bem para o Governo e para a maioria", Telmo Correia aproveitou a última intervenção da sua bancada no debate para renovar as críticas e acusações aos socialistas, começando por lamentar o "enorme incómodo" que parecem provocar os sinais positivos que começam surgir no setor da economia.
"É verdade que os sinais são ainda ténues, mas são igualmente inequívocos", sublinhou, considerando que Portugal poderá estar "finalmente a sair da recessão" e que os esforços pedidos aos portugueses "não foram perdidos".
"Estes sinais significam que, ao contrário do que afirmaram vezes sem conta os detratores do costume, não há nenhuma fatalidade e é possível recuperar", reforçou.
Já na parte final do seu discurso, o deputado do CDS-PP endureceu ainda mais as críticas ao maior partido da oposição, considerando que "parece de facto acossado, estrategicamente perdido".
"O país precisa de se libertar do memorando, mas o maior partido da oposição parece precisar de se libertar também dos seus próprios fantasmas e do seu próprio passado. É como se estivesse, numa imagem de Dickens, condicionado pelo fantasma do PS passado repleto de figuras ainda presentes tortuosas, deixando-se torturar, e é essa a expressão, pelo seu próprio passado recente e pelas suas opções em democracia", declarou o deputado do CDS-PP.
Falando no momento em que centenas de pessoas estavam concentradas à frente da Assembleia da República num protesto convocado pela CGTP, Telmo Correia fez ainda questão de reiterar a intenção do Governo de continuar a fazer o seu "caminho", assegurando que não serão "comentadores de assuntos gerais e interesses pessoais, nem mesmo o direito ao protesto e o poder de rua que limitarão" a ação do executivo e que o farão desistir.
Pois, continuou, em democracia os mandatos são dados pelo voto e são para ser exercidos e cumpridos.
"É o que faremos com sentido de tolerância e em diálogo com todos, sabendo ouvir e procurando consensos, mas não prescindimos nunca da nossa legitimidade e das nossas convicções", frisou.