As estratégias para sair da crise económica irão dominar as prioridades da presidência espanhola da União Europeia, que tem início hoje, sexta-feira.
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É a quarta vez na história que a Espanha assume este papel. Mas neste caso a liderança é partilhada, por imposição de Lisboa.
A presidência espanhola da União Europeia será marcada por um momento de transição particularmente complexo. A entrada em vigor do Tratado de Lisboa trouxe consigo alterações institucionais de relevo com que o Governo de José Luis Rodríguez Zapatero terá que lidar: irão trabalhar em conjunto com o novo presidente permanente do Conselho Europeu - o belga Herman Van Rompuy, com a nova Alta Representante para a política externa - a britânica Catherine Ashton, e conviver com um Parlamento Europeu recém-eleito e com poderes reforçados.
De acordo com as novas regras, a presidência que hoje se inicia marca ainda a estreia de um modelo de presidência em equipa. Espanha, Bélgica e Hungria elaboraram em conjunto o programa de trabalhos para os próximos 18 meses, durante os quais a presidência será exercida pelos três países de forma sucessiva.
Mas a resposta à crise económica e financeira será o principal repto para a presidência espanhola, que recebe a estafeta da Suécia.
"Esperamos que estes seis meses ajudem a criar condições para sair da crise e colocar a Europa a avançar em termos de crescimento sustentável, inovação e ciência, num desenvolvimento que crie emprego e garanta um futuro económico competitivo para os 500 milhões de europeus", afirmou Miguel Ángel Moratinos, ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, durante a apresentação das prioridades para a presidência espanhola.
Outro dos eixos do programa diz respeito à luta por uma efectiva igualdade entre homens e mulheres, sendo introduzido na agenda o debate sobre a luta contra a violência de género.
A nível externo, a Espanha dará especial ênfase a duas áreas geográficas: o mediterrâneo e as relações transatlânticas.
O alargamento não será esquecido. No futuro próximo, deverão avançar as negociações com a Croácia, estando também em cima da mesa conversações com a Islândia e a Turquia. n