As diligências necessárias e que impliquem a cooperação judiciária internacional passam a ser efectuadas por "outros canais", diz a Procuradoria-Geral da República.
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O procurador-geral da República deu instruções para que as diligências que impliquem cooperação judiciária internacional no caso Freeport não tenham a intervenção do Eurojust, organismo presidido por Lopes da Mota, sujeito a um inquérito por alegadas pressões neste processo.
"Desde que se iniciou o inquérito sobre as alegadas pressões, [Pinto Monteiro] deu instruções no sentido de todas as diligências necessárias e que impliquem a cooperação judiciária internacional passarem a ser efectuadas sem a intervenção da Eurojust", passando a ser utilizados "outros canais", segundo um comunicado da PGR.
Neste sentido, acrescenta a nota, "a última reunião ocorrida no Reino Unido, no mês de Abril, entre o Ministério Público, os Órgãos de Polícia Criminal e os investigadores ingleses, já foi concretizada através do recurso a oficiais de contacto".
A PGR esclarece também que a "investigação do caso Freeport tem desde sempre sido conduzida, orientada e executada pelo Ministério Público e Órgãos de Polícia Criminal e nunca pela Eurojust".