A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, defendeu este sábado que "a sucessão de factos" sobre o caso Freeport exige um esclarecimento rápido.
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“A sucessão de factos torna premente, para bem do sistema judicial e para bem da democracia, que este assunto seja esclarecido e bem esclarecido rapidamente", afirmou Ferreira Leite.
A líder social-democrata falava no final de uma visita ao Centro Paroquial e Social do Santo Condestável, no distrito de Bragança, uma instituição de solidariedade social que presta apoio em diferentes valências, nomeadamente a utentes em situação de carência.
Em causa está a notícia avançada no "Jornal Nacional" da TVI com base num DVD que está na posse da polícia inglesa, em que o sócio da consultora Smith & Pedro, contratada para tratar do licenciamento do Freeport de Alcochete, diz que José Sócrates "é corrupto" e que terá recebido, por intermédio de um primo, dinheiro para dar luz verde ao projecto.
Uma hora depois da divulgação da notícia, cerca das 21:00, o gabinete do primeiro-ministro emitia um comunicado em que repudiou "com veemência" todas "as referências" que o envolvem, "directa ou indirectamente". "No que me diz respeito, essas afirmações são completamente falsas, inventadas e injuriosas. Reafirmo mais uma vez, que não conheço o Sr. Charles Smith, nem nenhum dos promotores do empreendimento Freeport".
José Sócrates termina o comunicado revelando que já deu orientação ao seu advogado para "agir judicialmente contra os autores desta difamação".
Manuela Ferreira Leite insistiu, em Bragança, na necessidade da criação de um fundo de emergência social para apoiar as instituições que estão a acudir às situações de carência originadas pela crise.
"Neste momento todas as colaborações, todas as contribuições são absolutamente essenciais e nada é demais para que todos juntos possamos acudir a esta situação de emergência social em que o pais está mergulhado", declarou.
Manuela Ferreira Leite lamentou que não tenha sido considerada pela Governo a proposta apresentada pelo PSD há alguns dias para a criação de um fundo de emergência social que funcionasse a título excepcional para apoiar estas instituições.
"Eu não deixo de realçar que sinto que estas instituições precisavam de ser mais apoiadas pelo Estado para que pudessem desempenhar a função que neste momento é tão premente na sociedade portuguesa", declarou.
Em Bragança, a líder do PSD encontrou uma rede social "bem organizada, muito empenhada e conhecedora daquilo que se está a passar".
"Percebe-se que há uma rede bem organizada, muito motivada, com imenso empenho e que precisaria com certeza de mais ajudas”, reiterou.