Ferreira Leite diz que fazer "muitas promessas" é que é pedir "cheque em branco"
A presidente do PSD rejeitou a acusação do PS de que pretende pedir um "cheque em branco" aos portugueses, contrapondo que essa é a atitude de quem faz "muitas promessas, grandes programas".
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No final de uma visita ao Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), Manuela Ferreira Leite foi questionada pelos jornalistas sobre a acusação que lhe foi feita pelo dirigente socialista Augusto Santos Silva de que pretende pedir "um cheque em branco" aos portugueses, "escondendo" o seu programa eleitoral.
"Não tenciono pedir nenhum cheque em branco aos portugueses, é mesmo a última coisa que eu tenciono fazer, porque já disse que não faço promessas que não tenciono cumprir", contestou a presidente do PSD.
"Quando se fazem muitas promessas, grandes programas, muitas análises, muitos projectos, é exactamente aí que está o cheque em branco, porque qualquer pessoa percebe que é impossível fazer-se aquilo que se está a dizer" acrescentou.
"Portanto, fazer-se muitas promessas, escrever-se muito, fazerem-se grandes propostas, é exactamente isso o cheque em branco", concluiu.
Interrogada se considera que é essa a atitude do PS, Manuela Ferreira Leite respondeu ao jornalista que lhe colocou a questão que tire a sua conclusão quando comparar "os diferentes programas eleitorais".
Sobre o programa eleitoral do PSD, Manuela Ferreira Leite reiterou que este não incluirá promessas que pensa não poder cumprir e disse que "será apresentado no momento oportuno", que está estabelecido e não será alterado "pelo facto de haver críticas".
Antes, durante a visita ao ISEG, adiantou que "não será aquele tipo de programas com 200 páginas que ninguém lê", pelo contrário, será "muito sucinto", com "as prioridades" do PSD, sendo uma delas a educação.
Manuela Ferreira Leite afirmou aos jornalistas que tem "imensas recordações, todas elas boas" dos tempos de aluna e docente do ISEG (antigo ISCEF), escola que, referiu, "já deu um primeiro-ministro e um Presidente da República" - Cavaco Silva - ao país.
A possibilidade de se tornar também primeira-ministra "não tem a ver com a escola", considerou. "Mas teria muito gosto em que a escola se pudesse orgulhar disso", acrescentou a presidente do PSD.