O Governo vai realizar uma reunião extraordinária para aprovar, até terça-feira, dia 15, as medidas destinadas a reduzir o défice para 2,5% em 2015, de modo a concluir a 11.ª avaliação do programa de resgate.
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No final da reunião do Conselho de Ministros, esta quinta-feira, o ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, disse que essas medidas não tinham ficado fechadas e que iria haver uma reunião extraordinária, ainda sem data marcada.
O ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares salientou que "as medidas para 2015 são necessárias para fechar o 11.º exame regular" do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal e que "o Governo tem de as fechar até ao dia 15 deste mês", terça-feira.
No dia 2 de abril, em Bruxelas, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho ressalvou que "essas medidas não têm de ter um desenho final" e "deverão ser finalizadas depois, atendendo à apresentação do Orçamento do Estado para 2015".
Na altura, o chefe do executivo PSD/CDS-PP frisou que o anúncio das medidas destinadas a reduzir o défice para 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 teria de ser feito até 15 de abril e era uma prioridade para o Fundo Monetário Internacional: "Sem isso, a nossa 11.ª avaliação não fica encerrada".
Esta quinta-feira, o ministro da Presidência mencionou que as medidas para 2015 "naturalmente depois também constarão do Documento de Estratégia Orçamental (DEO)", que traçará as metas para o período 2015-2017 e deverá ser apresentado até ao final de abril.
Interrogado sobre números relativos à redução da despesa avançados pelo antigo presidente do PSD Luís Marques Mendes no seu programa de comentário político semanal na SIC, o ministro da Presidência respondeu que "o Governo não comenta comentários de comentadores" e contestou a ideia de que "aquilo que é dito nos comentários da SIC é aquilo que se passa dentro do Governo".
"O Governo continua a trabalhar nas medidas e quando tiver coisas para anunciar aos portugueses fá-lo-á, não através de comentários de comentadores, mas através de uma apresentação pública das medidas, como deve ser", acrescentou Marques Guedes.