A cabeça-de-lista da CDU às eleições europeias, Ilda Figueiredo, desafiou este sábado os deputados que se recandidatam ao Parlamento Europeu a esclarecer se vão manter o ordenado ou passar a receber o salário único europeu, quase o dobro.
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De acordo com o novo estatuto do deputado europeu, os eleitos que renovarem o mandato podem optar entre duas modalidades de salários: ou continuam a receber um ordenado igual aos deputados na Assembleia da República, na ordem dos 3.815 euros, ou escolhem o salário único europeu, cerca de 7.665 euros brutos.
A deputada Ilda Figueiredo, que segundo a edição deste sábado do jornal Expresso, é a única que abdica do salário mais elevado, lançou um apelo aos seus colegas no Parlamento Europeu, durante uma visita ao mercado de Loures.
"Desafio os meus colegas deputados nas diversas listas a declarar qual é a sua posição a seguir às eleições", afirmou.
A número um da CDU, que se prepara para o terceiro mandato no Parlamento Europeu, lembrou que os eleitos do PCP "votaram contra esse novo estatuto salarial", por considerarem "não ser correcto haver um estatuto salarial único para todos os deputados, independentemente do país de origem, porque isso não tem em conta a situação do país, além de que os salários dos trabalhadores e as reformas não são iguais em todos os países".
Por outro lado, salientou, "num momento de crise, é a posição que todos deviam tomar", rejeitando que esta seja uma medida eleitoralista, ao lembrar que o PCP sempre rejeitou esta proposta.