O presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, defendeu, esta sexta-feira, que a política "não pode ser guiada apenas por critérios custo-beneficio" numa alusão às críticas sobre o despesismo e a omissão de dívidas públicas da Madeira.
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"A política não pode ser guiada apenas por critérios custo-beneficio, nunca aceitei fazer política nos moldes rigorosamente tecnocratas em que não conta a pessoa humana e só conta a relação custo-beneficio", disse o governante madeirense na inauguração da nova farmácia do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, e da nova unidade de Consultas não Urgentes do Serviço de Urgência, num investimento de 987 mil euros.
Dirigindo-se às pessoas presentes, Alberto João Jardim comentou: "O que hoje aqui estamos a inaugurar nunca seria inaugurado por aqueles a quem a vida política se resume à tal relação custo-benefício".
Antes de entrar no carro da Presidência do Governo Regional rumo a uma outra inauguração no concelho de Santana, na freguesia do Faial, no norte da Madeira, nomeadamente o Centro Social Municipal da Corujeira, um investimento de 30 mil euros, Alberto João Jardim, questionado sobre a decisão da Moody's de baixar o 'rating' de longo prazo da Madeira, respondeu apressadamente "estou-me nas tintas para a Moody"s".
A agência de notação financeira Moody's anunciou quinta-feira que baixou o 'rating' de longo prazo da Madeira do nível B1 para o nível B3, devido aos problemas na gestão do governo e à "fraca execução orçamental".
Em entrevista à RTP-M, João Jardim admitiu que a omissão nas contas públicas da Madeira rondava os cinco mil milhões de euros.
