O secretário-geral do PCP reiterou esta quarta-feira a ideia de que o Governo da coligação PSD/CDS-PP não tem "futuro", ao contrário de Portugal, enquanto o primeiro-ministro deu "uma garantia de esperança", mantendo-se confiante na "direção e trajetória" tomadas.
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"O Governo apresenta uma convicção que está em rota de colisão com a realidade, a qual se vai agravando permanentemente. Do caos nunca nascerão as boas soluções. É preferível a rotura e a mudança do que esperar pelo fim do país", afirmou o deputado do PCP, frisando que "desde que este Governo é governo já foram liquidados 400 mil postos".
Para Jerónimo de Sousa "não basta levantar um gráfico e mostrá-lo à bancada do PS" [sobre os dados do desemprego], uma vez que se está "a falar da vida das pessoas e, por exemplo, há 40 por cento dos jovens que estão sem trabalho", além de a "dívida continuar a aumentar" e de haver um "défice não se resolve".
O primeiro-ministro, por seu turno, reforçou a ideia de que "Portugal está mais próximo de fechar este período de emergência do que esteve quando teve de pedir ajuda externa para evitar situação de bancarrota".
"Quero deixar uma garantia de esperança no futuro. Estamos mais próximos de poder dispensar a 'troika', o programa de assistência e regressar à nossa vida, que não será a da irresponsabilidade pública que houve durante muito tempo, mas será a nossa vida", afirmou, em resposta à acusação de estar a "roubar a esperança a muitos portugueses".
Jerónimo de Sousa reforçou a "exigência de demissão" do Executivo, considerando que "o País tem futuro, este Governo é que não.
Passos Coelho, ilibando Jerónimo de Sousa de ter responsabilidade na atual situação porque o PCP nunca teve responsabilidade governamental, afirmou não poder "fazer a demagogia de que o país precisa de mais investimento para estimular a economia quando o país não tem dinheiro", porque está "no seu perfeito juízo", numa alusão a uma anterior intervenção do líder socialista, António José Seguro.